Do PORTAL UNIBUS
Foto: Valter Campanato (Agência Brasil)
Este ano, o Maio Amarelo completa 11 anos com o tema “Paz no trânsito começa por você”, destacando a importância da responsabilidade individual e do acalmamento do tráfego nas cidades brasileiras para eliminar as mortes por acidentes e construir ambientes urbanos mais seguros e acolhedores para todos.
Os participantes da campanha estão unidos para alertar sobre os riscos enfrentados pelos usuários mais vulneráveis das vias, enfatizando que os condutores de veículos, incluindo motociclistas, devem se esforçar para proteger pedestres e ciclistas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a redução das velocidades nas cidades como uma medida crucial para salvar vidas no trânsito. Isso envolve não apenas a implementação de infraestrutura adequada, mas também o planejamento e a construção de sistemas viários que levem em conta as limitações humanas.
Segundo a OMS, uma velocidade média segura nas áreas urbanas é de 50km/h ou menos, sendo ainda mais reduzida em locais próximos a escolas, residências e estabelecimentos comerciais.
O excesso de velocidade compromete o tempo de reação dos condutores em situações de perigo. A uma velocidade de 80 km/h, em pista seca, um veículo percorre 22 metros por segundo antes mesmo de o motorista acionar os freios.
Estudos indicam que a partir de 80 km/h, é praticamente impossível para um pedestre sobreviver a um atropelamento. Por outro lado, a uma velocidade de 30 km/h, o risco de morte do pedestre é significativamente reduzido, para cerca de 10%.
Benefícios das velocidades reduzidas
Além de salvar vidas e prevenir lesões graves em vítimas de acidentes, a redução da velocidade contribui para criar ambientes mais seguros e agradáveis para pedestres e ciclistas, melhorando a qualidade de vida e estimulando a economia local.
Estudos demonstram que ruas com menos tráfego e velocidades mais baixas são mais vibrantes e economicamente prósperas do que aquelas com alto volume de veículos em alta velocidade.
Menos tráfego também significa melhoria na qualidade do ar, impulsiona o comércio ao incentivar a circulação a pé e torna as cidades mais acolhedoras. O acalmamento do tráfego contribui para revitalizar os espaços públicos, transformando a cidade em um local de encontros, oportunidades e mudanças.