Estudo revela aumento significativo de passageiros com tarifa zero em transporte público

Do PORTAL UNIBUS
Foto: Rafael Fontenele (Gentilmente cedida ao PORTAL UNIBUS)

Um estudo conduzido pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) revelou um crescimento expressivo no número de passageiros em localidades onde foi implementada a tarifa zero no transporte coletivo público. A pesquisa abrangeu 106 municípios no país, com mais de 5 milhões de habitantes, que adotaram a tarifa zero universal, ou seja, sem nenhuma cobrança no transporte urbano de ônibus.

O levantamento comparou a quantidade de passageiros antes e depois da implementação do passe livre em 12 cidades. Em todos os municípios analisados, foi observado um aumento considerável na demanda por viagens de ônibus, variando de 33% a 371%.

Por exemplo, Caucaia (CE), que adotou a tarifa zero em 2021, viu o número de passageiros crescer 371% em dois anos, passando de 510 mil mensais para 2,4 milhões mensais. Já em Luziânia (GO), houve um aumento de 202% no número de passageiros em apenas 2 meses, indo de 4,3 mil por dia em outubro de 2023, quando implementou o passe livre, para 13 mil por dia em dezembro do mesmo ano.

Outras cidades também apresentaram números impressionantes: Maricá (RJ) registrou um crescimento de 144% após três anos da adoção da tarifa zero; Ibirité (MG), de 106%, após três meses; São Caetano do Sul (SP), de 218%, após quatro meses; Paranaguá (PR), de 146%, após um ano; Balneário Camboriú (SC), de 43%, após seis meses; Itapeva (SP), de 267%, após um ano e meio; Cianorte (PR), de 99%, após um ano; Lins (SP), de 150%, após um mês; Mariana (MG), de 145%, após dois anos; e Santa Isabel (SP), de 33%, após um ano e meio.

“O aumento da demanda indica o potencial de uso do transporte público pela população. A tarifa zero promove uma maior mobilidade e acessibilidade, facilitando deslocamentos para as atividades essenciais no ambiente urbano, em diferentes horários do dia, não só em horário de pico”, avaliou Francisco Christovam, diretor executivo da NTU.

“Esse aumento da demanda precisa ser considerado pelas prefeituras que planejam adotar a tarifa zero. Não basta ter recursos para cobrir o custo atual, é preciso avaliar a necessidade de aumentar a frota e definir fontes permanentes de recursos, para que a tarifa zero seja sustentável”, acrescentou Christovam.

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