Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (FlixBus)
Num cenário tradicionalmente masculino, Klézia Kristina, uma mulher destemida de 44 anos, assume o volante de um ônibus de transporte rodoviário interestadual, desafiando estereótipos e destacando uma mudança gradual na indústria do transporte.
Natural de Goiânia, Klézia decidiu quebrar barreiras há quase seis anos e seguir carreira no transporte de ônibus. Ela compartilha que sempre gostou da sensação de liberdade ao volante e de conhecer novos lugares. Após a venda da padaria da sua mãe, onde também trabalhava, uma amiga a informou sobre uma oportunidade de emprego como motorista de transporte público na cidade.
Enfrentando um setor predominantemente masculino, Klézia conquistou sua licença de motorista após um intenso treinamento voltado para mulheres. Desde então, ela percorre longas distâncias pelas estradas do Brasil, especialmente no trajeto Goiânia-Natal, em parceria com a FlixBus, empresa de tecnologia em transporte rodoviário.
A FlixBus, presente no Brasil desde 2021, tem apostado nas mulheres na operação, principalmente em cargos de liderança, refletindo uma tendência de mudança no mercado brasileiro. Segundo uma pesquisa da Women in Business (GrantThornton) de 2022, as mulheres ocupavam 38% dos cargos de liderança no Brasil naquele ano, sinalizando uma evolução em relação aos anos anteriores.
Andrea Mustafa, Diretora de Relações Governamentais e Institucionais da FlixBus no Brasil, destaca a crescente disposição das empresas em desenvolver ações e posições voltadas para mulheres. Para Francine Sant’Anna, Gerente Sênior Desenvolvimento de Negócios e Operações, é crucial enaltecer o papel da mulher no setor para inspirar outras a conquistarem seu espaço em uma indústria predominantemente masculina.
Klézia compartilha as dificuldades enfrentadas como uma das poucas mulheres na profissão, destacando o preconceito existente no setor. No entanto, ela destaca a importância de sua presença para desmistificar estereótipos e ganhar a confiança dos passageiros.
A jornada de mulheres como Klézia, Andrea e Francine vai além de dirigir suas carreiras em um espaço dominado pelos homens. É sobre quebrar barreiras e abrir caminhos para que as futuras gerações de mulheres possam atuar no mercado rodoviário. “Queremos mostrar que, com determinação e coragem, podemos impulsionar uma mudança positiva na indústria, demonstrando que as estradas também pertencem às mulheres”, conclui Andrea Mustafa.