Por UNIBUS RN
Foto: Andreivny Ferreira (UNIBUS RN)
A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) e o Sindicato das Empresas de Transporte Público de Passageiros (Seturn) não chegaram a um acordo sobre o cumprimento integral do itinerário de cinco linhas de ônibus que não estão circulando pelo bairro das Rocas, na zona Leste de Natal. Desde os ataques criminosos ocorridos em 14 de março, as linhas tiveram suas rotas modificadas pelas empresas de ônibus.
As linhas 46, 51, 52, 54 e 56 não estão mais passando pelo bairro, o que tem gerado insatisfação da comunidade. Durante reunião realizada na terça-feira (9), foi proposta a manutenção das operações das cinco linhas, com a retirada do trajeto pelo terminal das Rocas, mediante um estudo a ser realizado em 45 dias para nova avaliação. No entanto, segundo relato publicado pelo jornal Tribuna do Norte, os representantes das empresas de ônibus só aceitavam retornar parte do atendimento. A proposta não foi aceita pelos representantes da comunidade, que enfatizaram o histórico de perdas de linhas de ônibus e até mesmo de um terminal na região ao longo dos últimos anos.
Presente na reunião, o deputado estadual Ubaldo Fernandes (PSDB), que tem o bairro das Rocas como base eleitoral, se disse frustrado com o resultado do encontro. “Não pedimos novas linhas, mas a manutenção das existentes. Nosso ato é para dizer não à forma como a STTU e o Seturn tratam nossa comunidade. Hoje foi péssimo vermos a visão dos empresários em só querer lucro sem ver a questão social dos trabalhadores. Não é questão de segurança e espaço físico. A alegação que pesa mesmo é a financeira, econômica. Isso precisa ficar claro para a população”, disse ao jornal Tribuna do Norte.
O impasse entre STTU e Seturn se dá pela alegação de falta de segurança para colaboradores, usuários e patrimônio – potencializada pelos ataques criminosos de março -, além de falta de logística de trânsito no terminal, que fica próximo ao Porto de Natal. Também é alegada, para as mudanças nos itinerários, o fator econômico, pois não haveria demanda que justificasse a o atendimento das linhas ao bairro, além do déficit financeiro diante dos altos custos de operação na região e em toda a cidade.
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A STTU informou que seu departamento jurídico estuda a melhor forma de solucionar o problema e que, até lá, os fiscais seguirão acompanhando o funcionamento das linhas e, em caso de descumprimento, aplicarão as multas.