Do G1 Acre
Foto: Lidson Almeida (Rede Amazônica / G1 Acre)
A crise no transporte coletivo de Rio Branco ganhou um novo capítulo neste domingo (16). Alegando falta de diesel para operar, os empresários suspenderam a frota e deixaram a população sem ônibus.
O Sindicato dos Transportes do Acre (Sinttpac) informou que a decisão partiu da gestão das três empresas que operam na capital acreana. Segundo os empresários, não há diesel e outros insumos para circulação dos ônibus.
“Lamento muito em dizer, mas com essa decisão deles, que de forma arbitrária paralisaram 100% da frota sem sequer comunicar os órgãos, instituições, imprensa e a própria RBTrans, não merecem continuar aqui. Empresários que nunca cumpriram um TAC (Termo de Ajuste de Conduta), junto ao Ministério Público, não estão preocupados com mais nada. Estão acostumados a fazer do jeito deles, mas agora com prefeito Tião Bocalom, com o acompanhamento da RBTrans, eu acredito que será uma grande oportunidade de nos livrarmos deles para que outras empresas, possam vir e prestar um serviço de qualidade, com pontualidade e respeito aos colaboradores e usuários do serviços de transporte”, disse o presidente do Sinttpac, Francisco Marinho.
Atuam no sistema de transporte da capital as empresas Auto Viação Floresta e o Consórcio Via Verde, formado pelas empresas São Judas Tadeu e Via Verde, conforme contrato 004/2004.
A suspensão foi anunciada à Superintendência de Transporte e Trânsito de Rio Branco (RBTrans) na última sexta-feira (14). No documento, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Sindcol) informou que, por conta a pandemia, a ‘movimentação de passageiros por viagem não cobre minimamente os custos que as empresas precisam dispor para que os ônibus façam a sua rota completa, não havendo simetria entre os gastos por viagem suportado com a quantidade de passageiros transportados durante as mesmas viagens’.
O presidente do Sindicol, Aluízio Abade, explicou que os empresários precisam de um ajuda financeira do poder público para continuar operando. Além da redução de passageiros, Abade afirma que os custos dos insumos aumentou muito, a exemplo do valor do diesel que custava pouco mais de R$ 3 e subiu para mais de R$ 6.
“Não tem insumos, não tem óleo diesel, a receita não está cobrindo o valor do diesel. Oficializamos na sexta-feira [14] um ofício na RBTrans e na prefeitura via e-mail e estamos aguardando uma resposta e tivemos ainda. Paralisamos 100%”, destacou.
A assessoria de comunicação da Prefeitura de Rio Branco afirmou que o prefeito Tião Bocalom vai se posicionar sobre a paralisação apenas nesta segunda-feira (17).