Após colapso da aérea, ANTT tenta evitar colapso de ônibus da Itapemirim

Do Congresso em Foco
Foto: Gabriel Bispo (Ônibus Brasil)

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) se reuniu, nesta sexta-feira (14), com membros da Viação Itapemirim, empresa em recuperação judicial que opera em algumas das principais rotas rodoviárias do país. A companhia de ônibus está intimamente ligada à Itapemirim Transportes Aéreos (ITA), companhia que cessou as operações no último dia 17 de dezembro, cancelando centenas de voos em todo o Brasil.

Assim como a empresa aérea, a de ônibus corre risco de falência – a ANTT chegou a autorizar, em dezembro, a paralisação de 61 linhas operadas pela empresa.

A agência reguladora disse que acompanha a operação da empresa.

Problemas na gestão: A empresa de ônibus está em processo de recuperação judicial desde 2019. Desde então, o conglomerado se empenhou em uma estratégia distinta para ganhar terreno: a criação de uma empresa aérea, a ITA, que começou a operar em junho de 2021. Foram denúncias do Congresso em Foco que apontaram problemas na gestão da companhia: em 15 de dezembro, apontamos com exclusividade que Sidnei Piva, atual dono da empresa, abriu uma nova pessoa jurídica na Inglaterra, no valor de 750 milhões de libras esterlinas (ou R$6 bilhões), e passou a injetar dinheiro destinado à recuperação da empresa de ônibus na operação de aviões.

Mesmo após a suspensão das operações aéreas, as denúncias continuaram: Sidnei Piva foi acusado de promover um esquema de golpe com a venda de uma criptomoeda voltada para o financiamento da ITA. Ele também é investigado por fazer uso de três CPFs. Já em janeiro desse ano, a situação das empresas se deteriorou, com o impedimento da aérea em voltar a vender passagens, e a necessidade de devolver aeronaves a seus donos.

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