Do G1 Piauí
Foto: Luccas Rios (Ônibus Brasil)
A Justiça determinou que os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina, que estão em greve desde essa quinta-feira (28), mantenham a prestação mínima do serviço de transporte coletivo, sob pena de multa em R$ 10 mil, a ser cobrada do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Público de Teresina (Sintetro).
Os trabalhadores devem manter circulando 70% da frota de ônibus durante os horários de pico e de 30% nos horários entre picos. A decisão é assinada pelo desembargador Marco Aurélio Lustosa Caminha, do Tribunal Regional do Trabalho.
A decisão atendeu a um pedido do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut), que buscava impedir a deflagração da greve da categoria.
O Setut definiu o movimento como “greve ilegal”, com “contornos políticos pela proximidade das eleições sindicais” do Sintetro.
Crise no transporte público: A decisão pela greve foi votada e confirmada em assembleia realizada pelos trabalhadores na quarta-feira (27) e iniciada na quinta-feira (28).
Nesta sexta-feira (29), a greve continuou e os trabalhadores fizeram um protesto no Centro de Teresina, parando os veículos em fila no Centro de Teresina. A fila de veículos se estendeu pela rota dos ônibus desde a praça até a Avenida Frei Serafim.
A Superintendência de Transporte e Trânsito de Teresina (Strans) informou que expediu autos de infração administrativa e de trânsitos para os veículos que participaram do protesto.
Na quinta-feira (28), em média 70% dos 200 ônibus que determinados por ordem de serviço da Strans foram colocados em circulação.
Francisco Sousa, diretor do Sintetro, afirmou nesta quarta-feira que os trabalhadores ainda não começaram a ser pagos pelas empresas. “Algumas empresas chamaram os trabalhadores para negociar, mas ainda não começaram a pagar”, disse.
O pagamento dos salários foi um dos critérios do acordo firmado entre a Prefeitura de Teresina e as empresas de ônibus. O acordo garantiu o pagamento de dívidas da prefeitura com as empresas. A primeira parcela paga pela prefeitura, no valor de R$ 4,5 milhões, deveria ser direcionada ao salários atrasados dos trabalhadores.