Abril confirma queda de vendas de veículos

Por Automotive Business
Foto: Negative Space (Pexels)

Abril confirmou as preocupações da indústria com relação ao desempenho do mercado nacional de veículos nos próximos meses, conforme já alertava a associação dos fabricantes (Anfavea). Segundo dados obtidos pela Autoinforme, no mês passado foram emplacados 163,9 mil automóveis e comerciais leves, o que representa queda de 7,5% sobre março.

O desempenho mensal reflete a tendência de baixa do mercado diante do agravamento da pandemia de coronavírus, que impacta negativamente a confiança do consumidor e fomenta medidas de restrição ao comércio. O mês também foi impactado pelo número menor de dias úteis, 20 contra 23, isso sem levar em consideração que alguns estados e cidades (incluindo São Paulo, o maior mercado do País) decretaram feriados na última semana de março para tentar conter o avanço da pandemia, o que gera distorções na comparação direta.

Ainda assim, em abril a média de emplacamentos diários de 8.195 foi 6,4% mais alta do que os 7.700/dia de março. Em ambos os casos, a média segue abaixo das altas que vinham sendo registradas no segundo semestre de 2020, denotando certa estagnação do mercado.

Na comparação com abril do ano passado, os emplacamentos do mês cresceram 219%, mas o avanço porcentual meteórico não é motivo de comemoração, porque a comparação se dá com um dos piores resultados mensais da história da indústria, quando foram emplacados apenas 51 mil veículos leves. Quase todas as fábricas e concessionárias estavam fechadas por causa das medidas restritivas para conter a pandemia, enquanto ainda desenvolviam ferramentas de vendas on-line e protocolos para voltar a produzir com segurança, hoje em pleno funcionamento. Na época os Detrans também fecharam e ainda não havia sido implantado o licenciamento eletrônico.

No acumulado do primeiro quadrimestre de 2021 foram emplacados 661,8 mil automóveis e comerciais leves, em alta de 13,3% na comparação com o mesmo período de 2020, que registrou 583,9 mil emplacamentos. Pelo mesmo motivo, também este crescimento não traz razões para comemoração, pode ser considerado fraco, pois nos primeiros quatro meses do ano passado, 45 dias (segunda quinzena de março e abril inteiro) foram duramente impactados pela pandemia e as restrições decorrentes.

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