Do UNIBUS RN
Foto: Ilustração
Ficou para a próxima quinta-feira, dia 5 de março, a definição da nova tarifa de ônibus de Natal. O prazo inicial seria nesta terça-feira, dia 3 de março, porém o prefeito de Natal, Álvaro Dias (MDB), viajou para Brasília, para tratar de recursos para a cidade, e adiou a reunião que discutiria o tema.
Até o momento, técnicos da Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) e da Secretaria Municipal de Tributação (Semut) estão estudando alternativas para a tarifa, de acordo com informações da assessoria de comunicação da Prefeitura.
Ao anunciar a suspensão do aumento, na sexta-feira, dia 28 de fevereiro, o Prefeito afirmou que iria “buscar com a equipe econômica da Prefeitura uma solução para diminuir o impacto do reajuste da tarifa de ônibus”. A suspensão ocorreu no final da tarde da sexta-feira, anulando o decreto publicado no Diário Oficial do Município na manhã do mesmo dia, que aumentava de R$ 4 para R$ 4,25 a passagem de ônibus na capital.
O aumento foi aprovado um dia antes, na quinta-feira, dia 27 de fevereiro, pelo Conselho Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (CMTMU). Na ocasiao, o conselho definiu o valor de R$ 4,35 para tarifa em espécie, mas o Prefeito de Natal decidiu contrariar a decisão do colegiado, e reduziu o valor da tarifa em espécie para R$ 4,25. 18 membros do CMTMU participaram da votação, que contou com 16 votos a favor e duas abstenções.
Com a aprovação do reajuste, ficou definido que as empresas de ônibus que atuam no sistema municipal de transporte teriam de fazer contrapartidas, que seria a reforma das duas estações de transferência da capital, uma no Bairro Latino, na zona sul, e outra no bairro de Igapó, na zona Norte, em até 45 dias, além da construção de 100 novos abrigos de paradas de ônibus na cidade em até 120 dias.
Ainda não há informações se as contrapartidas definidas serão mantidas ou alteradas com o reinício das discussões.
O pedido de revisão da tarifa foi feito pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn) no final do mês de janeiro, em uma carta enviada à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), apontando um prejuízo de R$ 70 milhões nos últimos quatro anos para as empresas, e destacando a falta de isenção de impostos e a necessidade da reforma no sistema das linhas urbanas.