Marcopolo entrega 242 ônibus novos para renovação da frota em Goiânia

Governo Lula estuda medidas para reduzir ou zerar tarifa de ônibus no país

Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (Marcopolo / Secco Comunicação)

O governo federal avalia retomar o debate sobre a “tarifa zero” no transporte coletivo urbano, proposta defendida há mais de uma década pelo atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quando era prefeito de São Paulo. A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), técnicos da equipe econômica iniciaram novos estudos para viabilizar a medida.

De acordo com reportagem publicada pelo jornal “Valor Econômico”, a ideia original, apresentada em 2012 à então presidente Dilma Rousseff, previa zerar a passagem de ônibus em todo o Brasil por meio de um subsídio cruzado: uma taxa de R$ 1 sobre o litro da gasolina financiaria a gratuidade. O modelo buscava estimular o transporte coletivo em detrimento do individual, com impacto socioambiental positivo.

Segundo fontes do Planalto ouvidas pelo “Valor Econômico”, Lula discutiu o tema recentemente com o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), um dos principais defensores da proposta. Dados apresentados pelo parlamentar indicam a crise no modelo atual de financiamento, caracterizada por um “círculo vicioso”: tarifas mais altas reduzem a demanda, diminuindo a arrecadação e pressionando por novos aumentos.

Debate sobre gratuidade parcial
Apesar da defesa de Tatto por tarifa zero universal, integrantes do governo consideram adotar a gratuidade parcial como etapa inicial. Entre os cenários avaliados está a isenção apenas em domingos e feriados. A medida, no entanto, ainda gera divergências, já que parte dos técnicos argumenta que o maior beneficiado deve ser o trabalhador em dias úteis.

No aspecto político, auxiliares de Lula defendem que uma eventual implementação ocorra em 2026, próximo ao período eleitoral, como aceno tanto a movimentos sociais quanto ao setor de transportes.

Experiências recentes e impactos
A gratuidade do transporte público tem sido usada como estratégia eleitoral em cidades brasileiras. Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) implantou a tarifa zero aos domingos em dezembro de 2023 e foi reeleito em 2024. A iniciativa custou R\$ 283 milhões aos cofres municipais.

Estudo da Terra Investimentos aponta que a gratuidade poderia ter efeito direto sobre a inflação. Se adotada apenas aos domingos, reduziria o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 0,11 ponto percentual; incluindo os sábados, a queda seria de 0,28 ponto. Quando estendida também a metrô e trens, o impacto poderia chegar a 0,31 ponto percentual.

Atualmente, algumas capitais já oferecem o benefício parcial, como São Paulo, Brasília, Belém e Vitória, enquanto Curitiba adota a meia tarifa em domingos.

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