Do PORTAL UNIBUS
Foto: Arquivo (Por Dentro do RN)
São vários os veículos do transporte opcional, que atendem diariamente linhas que ligam Natal a cidades da região metropolitana. Dentre eles, foi possível encontrar casos de problemas que deixam os passageiros em risco iminente, como o impedimento de uso de equipamentos de acessibilidade ou para o deslocamento do usuário dentro daquele veículo. E tudo isso com uma tarifa cara, que não reflete a qualidade e o conforto exigidos pelos passageiros.
Diante de várias reclamações postadas em reportagens anteriores aqui no PORTAL UNIBUS sobre esses veículos do transporte opcional, buscamos o órgão gestor do transporte público intermunicipal do Rio Grande do Norte para verificar o que seria feito. Mas, até o fechamento da reportagem, os resultados de uma ação de fiscalização anunciada pelo DER (Departamento Estadual de Estradas de Rodagem) não foram divulgados.
A ação de fiscalização foi divulgada em reportagem publicada em 25 de março de 2025. Diante da repercussão das denúncias, a reportagem apurou que o órgão iria fazer uma série de vistorias em veículos de linhas regulares e do transporte alternativo, em toda a região metropolitana de Natal. Primeiro, a fiscalização ocorreria nos ônibus de linhas regulares. E, depois, nos veículos do transporte opcional nas linhas que ligam Natal a Macaíba, Parnamirim, São José de Mipibu e São Gonçalo do Amarante. Os veículos que ligam Natal à praia de Pirangi do Norte também tinham previsão de serem fiscalizados.
Apesar dessa promessa, até o fechamento da reportagem, não recebemos retorno do órgão sobre o resultado das fiscalizações.
Sem retorno também sobre reclamação de usuários
Também consultamos o DER sobre a situação da rodagem de alguns dos veículos que foram alvo de reclamações enviadas por passageiros ao PORTAL UNIBUS.
De acordo com o retorno do departamento de fiscalização do órgão, o responsável pelo veículo de matrícula 1.E1.27 fez o conserto do elevador, reposicionando a catraca para outro local do ônibus. Ainda de acordo com a comunicação enviada à reportagem, a fiscalização foi feita em março e, na ocasião, foi dado um prazo de 10 dias úteis para a resolução do problema envolvendo os balaústres e corrimões – o prazo foi encerrado na última sexta-feira, 04, e, ao ser questionado novamente sobre essa adequação pendente, não recebemos retorno do órgão.
No caso do veículo 1.E2.15, que apresentava bloqueio do elevador pelo uso da catraca de acesso, o permissionário fez os ajustes necessários.
Já em relação aos relatos envolvendo os veículos 1.E2.20, 1.E2.1.1 e 1.E2.34, cujos reclames dos usuários foram publicados há, pelo menos, 10 dias, não foi fornecido um posicionamento oficial por parte do DER.
Entretanto, de acordo com apuração do PORTAL UNIBUS, somente após a última solicitação de posicionamento sobre esses casos enviados pela reportagem, é que o DER procederia com a fiscalização dos veículos citados.
A dificuldade em fiscalizar tais irregularidades mostra também a pouca estrutura disponível no órgão para esse tipo de trabalho. Também foi apurado pela nossa reportagem que o espaçamento entre as ações de fiscalização ocorre pelo fato de o DER não ter estrutura suficiente, tampouco quantitativo de pessoal para cobrir todo o território potiguar, o que tornaria a fiscalização ineficiente e deixando em circulação veículos que não atendem as normas vigentes, trazendo risco para os passageiros e operadores.