Do PORTAL UNIBUS
Foto: Denúncias de usuários
As dificuldades enfrentadas por passageiros com mobilidade reduzida no transporte alternativo da Grande Natal continuam a se multiplicar. Após denúncias anteriores envolvendo veículos do transporte opcional, usuários relataram que mais um micro-ônibus que opera na linha B1 (Parnamirim/Natal – Via Alecrim) também apresenta problemas de acessibilidade. Assim como no caso anterior, o elevador de acesso para cadeirantes está bloqueado pela catraca de controle de passageiros, impossibilitando o uso do equipamento.

Segundo a reclamação recebida pelo PORTAL UNIBUS, o micro-ônibus de prefixo 1.E2.20, fabricado pela montadora Volare sob o modelo DW9, deveria estar equipado para atender pessoas com mobilidade reduzida, conforme as exigências das normas técnicas da ABNT. No entanto, a disposição dos equipamentos no interior do veículo inviabiliza o acesso adequado. A catraca de embarque foi instalada de maneira que não permite o uso do elevador, impedindo o acesso de quem possui dificuldade de locomoção.

O problema é o mesmo que mostramos em outro veículo da linha B1: Conforme reportagem disponível clicando AQUI, o micro-ônibus de prefixo 1.E2.27 possuía configuração semelhante, impedindo o uso do elevador. Além disso, o veículo também não possuía balaústres e corrimões em quantidade suficiente e nas normas legais, colocando em risco a circulação dos passageiros. No caso em questão, o permissionário responsável resolveu o problema da catraca e foi dado prazo, pela fiscalização do DER, para a correção dos corrimões e balaústres.
Falta de fiscalização e soluções definitivas
Apesar das recentes ações do DER para corrigir falhas de acessibilidade em veículos já denunciados, a recorrência do problema em outros ônibus indica que a fiscalização ainda é insuficiente. A presença de obstáculos no acesso de passageiros cadeirantes vai contra as diretrizes da ABNT NBR 14022 e NBR 15570, que determinam que os sistemas de transporte coletivo urbano devem garantir plena acessibilidade a todos os usuários.
No entanto, a persistência dessas irregularidades mostra que o problema não se restringe a casos isolados, mas reflete um padrão de inadequação no transporte alternativo da Grande Natal.
Enquanto os ajustes ocorrem de maneira fragmentada e apenas após denúncias, passageiros com mobilidade reduzida continuam enfrentando barreiras para utilizar o transporte público. A falta de medidas estruturais para garantir a acessibilidade coloca em risco a segurança e a dignidade desses usuários, que seguem sem garantia de um serviço adequado e conforme a legislação vigente.