Mesmo com ajustes, transporte alternativo ainda não oferta acessibilidade na Grande Natal

Mesmo com ajustes, transporte alternativo ainda não oferta acessibilidade na Grande Natal

Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação

Após denúncias e intervenção do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Norte (DER/RN), mudanças foram implementadas em um dos micro-ônibus que operam na linha B1 (Parnamirim/Natal – Via Alecrim). Trata-se do carro de matrícula 1.E2.27, que teve as imagens divulgadas da acessibilidade comprometida pelo PORTAL UNIBUS após o tema chegar à mídia local nas últimas semanas.

No entanto, a acessibilidade para passageiros com mobilidade reduzida continua incerta, uma vez que os ajustes não garantem plenamente o cumprimento das normas técnicas.

Além do veículo em questão, há denúncias de pelo menos mais outros dois veículos que seguem com a acessibilidade comprometida, com a roleta impedindo o uso do elevador também na linha B1 – os veículos de matrículas 1.E2.15 e 1.E2.20. Outros micro-ônibus que operam em outras linhas da Grande Natal também estão afetados por adaptações semelhantes. O PORTAL UNIBUS está apurando as informações recebidas.

Medidas adotadas

O DER/RN convocou o operador responsável pelo micro-ônibus de prefixo 1.E2.27 para solucionar irregularidades apontadas anteriormente, como a obstrução do elevador pela catraca e a ausência de balaústres. O permissionário comprometeu-se a realizar as modificações e apresentar o veículo para nova vistoria.

Embora essas medidas representem avanços pontuais, elas não asseguram que o veículo atenda integralmente às normas de acessibilidade exigidas por regulamentações como a ABNT NBR 14022 e a ABNT NBR 15570. Itens essenciais para a segurança dos passageiros, como guarda-corpos adequados e mecanismos de fixação para cadeirantes, continuam ausentes ou não foram mencionados entre as correções realizadas.

Desafios persistentes

Mesmo com as adaptações, usuários com mobilidade reduzida ainda enfrentam dificuldades para utilizar o transporte alternativo com segurança. A ausência de equipamentos fundamentais compromete a estabilidade de cadeirantes e aumenta o risco de acidentes dentro do veículo. Além disso, a falta de fiscalização contínua levanta dúvidas sobre a durabilidade das soluções aplicadas e a real implementação de um sistema acessível para todos os passageiros.

Falta de garantia de acessibilidade plena

As correções feitas até o momento demonstram que a acessibilidade no transporte público da Grande Natal ainda não é uma realidade garantida. A simples realização de ajustes pontuais não substitui a necessidade de um planejamento abrangente que assegure que todos os veículos estejam adaptados às exigências legais.

A acessibilidade plena depende não apenas de mudanças estruturais nos veículos, mas também de uma fiscalização rigorosa e constante para garantir que os padrões estabelecidos sejam cumpridos. Enquanto essas ações não forem efetivamente implementadas, passageiros com mobilidade reduzida seguirão enfrentando incertezas ao utilizar o transporte público.

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