Criminosos sequestram 147 ônibus no Rio de Janeiro nos últimos 12 meses

Do PORTAL UNIBUS
Foto: Tomaz Silva (Agência Brasil)

Nos últimos 12 meses, 147 ônibus foram sequestrados por criminosos e utilizados como barricadas em comunidades do Rio de Janeiro, com o objetivo de impedir o avanço das forças policiais. Os dados foram divulgados pelo RioÔnibus, sindicato das viações que operam na capital. Além disso, 32 coletivos foram incendiados no mesmo período.

Somente no último dia 14, nove ônibus foram sequestrados e dois foram incendiados na região metropolitana do Rio de Janeiro. As ações ocorreram como represália de criminosos a operações policiais no Complexo do Chapadão, na Zona Norte, e em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

O RioÔnibus destacou a necessidade de medidas efetivas por parte das autoridades de segurança pública do estado para garantir a segurança dos cidadãos. “A recorrência dos casos reitera a necessidade de ações efetivas por parte das autoridades de segurança pública do Rio de Janeiro. É preciso, com urgência, garantir o direito de ir e vir do cidadão”, afirmou a entidade.

A Semove, federação das viações do estado, informou que está colaborando com as autoridades em ações de prevenção e repressão, e pediu o apoio da população na identificação dos criminosos. “Informações podem ser encaminhadas ao Disque Denúncia”, ressaltou a federação.

O custo para repor um ônibus incendiado é de aproximadamente R$ 900 mil, e o processo pode levar até seis meses. Já os coletivos sequestrados nem sempre retornam às ruas imediatamente, conforme explicou Paulo Valente, porta-voz do RioÔnibus. “Os criminosos quebram as chaves dentro do miolo de ignição. Então, não é só questão de ter uma chave reserva, é necessário um procedimento mais complexo, e os ônibus precisam ser recolhidos para a garagem”, explicou Valente.

Ele ainda destacou o impacto dessas ações no transporte público: “Em uma linha que opera com 10 ônibus, por exemplo, se dois são danificados e demoram três dias para voltar à operação, a viação tem uma redução de até 30% na quantidade de viagens ofertadas à população. E isso aumenta o intervalo entre cada ônibus”.

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