Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (Busscar)
O segundo trimestre do ano, de abril a junho, é tradicionalmente considerado um período de baixa movimentação no mercado de viagens rodoviárias e turismo, impactado pela ressaca da alta temporada de verão e Carnaval. Em 2024, o trimestre começou fraco em abril, mas foi compensado por um aumento na demanda em maio, impulsionado por feriados e datas comemorativas. Segundo dados do BuscaOnibus, plataforma de metabusca que agrega mais de 250 empresas do setor de transportes, maio apresentou um aumento de 14% em relação ao mês anterior, enquanto junho teve uma leve queda, mas ainda superior à demanda registrada em abril.
José Almeida, CEO do BuscaOnibus, destaca que a demanda em maio e junho foi semelhante aos meses de agosto e setembro, situando-se abaixo dos níveis observados na alta temporada de fim de ano e em julho, período de férias escolares.
“Observamos que, sem feriados e às vésperas das férias escolares, o mês de junho poderia ter um desempenho tão ruim quanto abril. No entanto, junho registrou um aumento de 8% nas intenções de compra de passagens em comparação a abril, embora tenha ficado 6% abaixo de maio”, afirma Almeida.
O aumento em maio foi impulsionado por datas comemorativas como o Dia das Mães e o feriado prolongado de Corpus Christi, que é o penúltimo feriado do ano. Esses eventos criaram expectativas positivas para o setor de viagens e turismo.
Embora o Dia das Mães não seja um feriado, ele resultou em um crescimento de aproximadamente 15% na movimentação de viagens em comparação ao fim de semana anterior, especialmente com um aumento significativo de viagens para o Rio de Janeiro devido ao show da Madonna em Copacabana.
Expectativas para julho
O CEO do BuscaOnibus prevê um aumento no volume de intenções de compra em julho, impulsionado pelo início das férias escolares. “Já percebemos um viés de alta, principalmente para as próximas semanas. Geralmente, o segundo semestre é mais movimentado, especialmente a partir de outubro. O comportamento que veremos em julho pode ajudar a entender se teremos um final de ano mais aquecido no mercado rodoviário brasileiro”, conclui Almeida.
