Trabalhadores do transporte coletivo de Goiânia decidem entrar em Greve

Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (Mercedes-Benz do Brasil)

O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindcoletivo) realizou uma assembleia em frente ao terminal Padre Pelágio, onde foi aprovada a decisão de iniciar uma greve. A paralisação está marcada para começar na sexta-feira (28), à meia-noite.

A decisão de greve foi impulsionada pela insatisfação dos motoristas com a proposta de reajuste salarial de 4,5% oferecida pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros de Goiânia (SET). Segundo Carlos Alberto, presidente do Sindcoletivo, a proposta é insuficiente para atender às demandas da categoria.

Negociações e impasses
As negociações entre os motoristas e os empregadores enfrentaram um obstáculo significativo no dia 19, quando uma sessão de mediação no Ministério Público do Trabalho não contou com a presença dos representantes do SET. Em resposta, o Sindcoletivo apresentou um pedido de dissídio coletivo ao Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT18).

Desde dezembro de 2023, o Sindcoletivo tem buscado melhores condições para os motoristas, cujas reivindicações incluem a redução da carga horária diária, a diminuição do tempo de almoço e melhorias nas condições das salas de descanso e refeições. O período da data-base dos trabalhadores terminou em 1º de março, intensificando a urgência das negociações.

Declarações do Sindcoletivo
Carlos Alberto expressou frustração com a postura dos empregadores em relação às condições de trabalho dos motoristas: “A nossa profissão exige muita responsabilidade. Respondemos por multas e avarias nos veículos, além de possíveis repercussões criminais por acidentes graves.”

Atualmente, o salário médio de um motorista de ônibus em Goiânia é de aproximadamente R$ 2830 para uma jornada de 8 horas diárias.

A greve está prevista para começar na sexta-feira, afetando o transporte coletivo na região metropolitana de Goiânia. As próximas etapas dependerão das decisões do Tribunal Regional do Trabalho e de eventuais novas negociações entre o Sindcoletivo e o SET.

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