Do PORTAL UNIBUS
Foto: Reprodução (SECOM Pará / Via Fotos Públicas)
A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mantém uma perspectiva otimista para as vendas de automóveis e comerciais leves em 2024, com uma projeção inicial de aumento de 12% em relação a 2023. No entanto, essa projeção está sujeita a revisões na virada do semestre, conforme as condições do mercado.
Vários fatores estão impulsionando o mercado automotivo, incluindo uma maior oferta de crédito, a estabilização da inadimplência, a redução das taxas de juros e o aumento do número de empregos. Segundo José Maurício Andreta Junior, presidente da Fenabrave, a entrada de financiamentos diminuiu, enquanto o prazo para financiar a compra de veículos aumentou, aliviando o peso das parcelas no orçamento das famílias.
No entanto, nem todas as notícias são positivas, e a entidade está monitorando de perto alguns pontos de atenção, como as fortes chuvas que atingiram o Estado do Rio Grande do Sul. Andreta observa que diversas concessionárias na região foram afetadas pelas inundações, e o cenário pode piorar nos próximos dias devido ao mau tempo.
A Fenabrave está atenta aos possíveis impactos desse desastre ambiental nas vendas de veículos, que podem ser influenciadas tanto positiva quanto negativamente, dependendo do desenrolar da situação. No entanto, o presidente da entidade expressa otimismo, sugerindo que a demanda por veículos novos no Rio Grande do Sul pode aumentar após a normalização da situação, já que muitas pessoas perderam seus carros e receberão indenizações das seguradoras.
Enquanto isso, o restante do país, não afetado pelas chuvas, continua com uma demanda crescente por veículos novos, o que tem impulsionado as vendas. Andreta não se surpreende com os resultados do primeiro quadrimestre, que registrou 691,4 mil emplacamentos, um aumento de 17,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para manter o mercado aquecido a médio e longo prazo, a Fenabrave está conduzindo uma série de estudos para apresentar soluções para o setor automotivo nacional. Esses estudos incluem análises sobre o carro de entrada, com o objetivo de aumentar a produção nacional, e a renovação da frota, com a eliminação de veículos com mais de trinta anos de circulação. Em breve, a entidade divulgará os resultados desses estudos e as possíveis direções a serem tomadas para tornar essas propostas uma realidade.
