Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (Volvo do Brasil)
Em assembleia realizada na tarde do último dia 10, motoristas, cobradores e demais funcionários do sistema de ônibus da cidade de São Paulo aprovaram o estado de greve. A decisão foi tomada diante da recusa das empresas em atender às reivindicações da categoria.
Com o estado de greve decretado, os trabalhadores prometem uma série de mobilizações que podem afetar as operações dos ônibus na capital paulista, especialmente das empresas que não surgiram das ex-cooperativas. Isso pode resultar em impactos significativos, principalmente nas linhas atendidas por ônibus maiores, como os básicos, padrons e articulados.
Entre as ações planejadas pelo sindicato estão assembleias de duas horas com o setor de manutenção, assembleias com os trabalhadores da operação (motoristas e cobradores), manifestações em terminais, entrega de carta aberta aos passageiros e até mesmo uma greve de 24 horas.
Os trabalhadores rejeitaram a proposta das empresas de um reajuste salarial de 2,77% com base no IPC-FIPE, alegando que este índice oferece o menor percentual para o cálculo de reajuste. O sindicato, por sua vez, exige uma correção nos salários e benefícios de 3,20% com base no INPC-IBGE, além de aumento real.
Outras demandas incluem o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), convênio médico, redução da jornada de trabalho, fim da 1 hora de refeição não remunerada e questões específicas dos setores de manutenção.
Uma nova assembleia está prevista para a próxima quarta-feira, 15 de maio. Em nota, o presidente do sindicato, Edivaldo Santiago, destacou as perdas salariais e de benefícios enfrentadas pelos profissionais do transporte, especialmente durante a pandemia da COVID-19, que resultou em um alto número de óbitos e sequelas entre os trabalhadores.