Do PORTAL UNIBUS
Foto: Divulgação (MP SP)
A intervenção anunciada pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, nesta semana, em relação às concessionárias Transwolff e Upbus, destacou mais uma vez as fragilidades nos modelos tradicionais de gestão do transporte público de passageiros. A operação “Fim de Linha”, conduzida pelo Ministério Público, ganhou destaque ao investigar suspeitas de uso do sistema para lavagem de dinheiro pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), levantando o debate sobre a necessidade de adotar tecnologias para coibir tais práticas ilícitas.
Uma das ferramentas em destaque é uma solução desenvolvida pelo empreendedor Anderson Belém, reconhecida com o Selo SEBRAE Negócios de Impacto Social. Em pouco mais de sete anos de utilização, essa solução evitou perdas superiores a R$ 1 bilhão por fraudes e falhas na administração dos recursos. Além disso, essa plataforma motivou a criação da Otimiza, uma worktech de Inteligência Artificial especializada em benefícios flexíveis.
Belém ressalta que, desde a conquista do Selo em 2017, as quadrilhas envolvidas em práticas ilegais, como a lavagem de dinheiro com vale-transporte, têm evoluído e adotado novos métodos, inclusive infiltrando-se em licitações e concessões públicas. Ele enfatiza que os esforços das autoridades têm sido insuficientes para erradicar o problema, pois uma vez desmantelada uma quadrilha, outra surge em seu lugar.
Diante desse cenário, Belém propõe uma verdadeira reengenharia do modelo de benefícios, com uma abordagem reversa que revisite todo o fluxo até a compra do vale-transporte. Ele sugere a aplicação de métodos inteligentes para identificar fraudes e anomalias na movimentação financeira relacionada a essa atividade, como o confronto entre o registro de uso do cartão e o termo de opção do vale-transporte, a roteirização baseada em sistema de geoprocessamento do transporte público e o Pedido Inteligente, que reaproveita créditos não utilizados em favor do colaborador, reduzindo os custos para a empresa.