Do PORTAL UNIBUS
Foto: João Geraldo Borges Júnior (Pixabay)
Um levantamento realizado pela SPtrans, revelou que as empresas Transwolff e UpBus acumularam juntas um total de R$5,491 bilhões desde o início de suas operações na cidade de São Paulo. Esses valores, divulgados pela CNN Brasil, incluem os subsídios pagos pela Prefeitura e a receita proveniente da venda de passagens. Ambas as empresas foram alvo de busca e apreensão pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), com empresários e funcionários detidos durante a Operação Fim da Linha, deflagrada na última terça-feira (9). As autoridades alegam que essas empresas têm vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC), principal facção criminosa atuante no estado.
A Transwolff está operando na cidade desde janeiro de 2015. Atualmente, é responsável por 132 linhas e possui uma frota de 1.206 ônibus. Desde 2015, recebeu um total de R$ 5,1 bilhões. A empresa administra dois lotes da licitação na Zona Sul, abrangendo áreas como Parelheiros, Grajaú, Varginha, Santo Amaro, além das regiões de Jardim Angela e Capão Redondo.
Por sua vez, a UpBus opera 13 linhas na zona Leste, contando com uma frota de 159 veículos. Desde setembro de 2018, quando foi contratada pela primeira vez, até dezembro de 2023, recebeu R$391 milhões pelo serviço de transporte de passageiros. Suas rotas incluem áreas como Itaim Paulista, Cidade Tiradentes, A.E Carvalho, Itaquera e Penha, todos localizados na zona Leste.
Ainda de acordo com o levantamento divulgado pela CNN Brasil, os valores informados são brutos e englobam o faturamento total, sem considerar eventuais descontos de multas contratuais.
Até o momento, o MP não encontrou indícios de envolvimento de agentes públicos em favorecimento às empresas, mas a investigação continuará examinando a licitação e os contratos firmados com o poder público. O Tribunal de Contas do Município e a Controladoria Geral do Município também participarão dessa análise.
A prefeitura implementou uma intervenção nessas empresas até a conclusão das investigações.
A gestão municipal assegurou que nenhum passageiro ficará desassistido durante esse período e que os mais de 4 mil funcionários continuarão tendo seus direitos trabalhistas respeitados.