FENABRAVE aponta queda na venda de caminhões e ônibus no primeiro trimestre de 2024

Do PORTAL UNIBUS
Foto: Laura Nogueira (Mascarello / Iveco Group)

A venda de caminhões e ônibus no Brasil registrou uma queda de 10,34% no primeiro trimestre de 2024, conforme dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). De janeiro a março, foram comercializadas 31.214 unidades, em comparação com as 24.251 do mesmo período de 2023.

No segmento de caminhões, houve uma retração de 5,61%, totalizando 25.817 veículos vendidos em comparação com os 27.437 do ano anterior. Já no setor de ônibus, a queda foi mais acentuada, alcançando 27,93%, com 5.317 unidades vendidas contra 7.378 do primeiro trimestre de 2023.

O presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, observa que o mercado de caminhões já superou o impacto da adoção da tecnologia Euro 6 nas vendas. “O mercado já absorveu e acreditamos em um desempenho mais favorável para a venda de caminhões neste ano”, afirmou. As projeções da Fenabrave indicam um aumento de 10% nos emplacamentos para este ano. Em março, as vendas de caminhões ultrapassaram os números registrados no mesmo mês do ano passado, com 9.701 unidades comercializadas, representando um crescimento de 3,36% em relação às 9.386 unidades de março de 2023.

No que diz respeito aos ônibus, o cenário apresenta instabilidade ao longo deste ano. Em março, o ritmo de emplacamentos aumentou 18,61% em relação a fevereiro, com 2.046 unidades vendidas comparadas às 1.725 unidades do mês anterior. Entretanto, em comparação com março de 2023, quando foram licenciadas 2.937 unidades, o desempenho foi 30,34% inferior. É importante ressaltar que, em março de 2023, o mercado estava aquecido com as vendas de chassis Euro 5 e que poucas unidades da última licitação do programa federal Caminho da Escola foram entregues.

Andreta Jr. acredita que o ano será positivo, especialmente devido às compras governamentais, destacando os modelos escolares pelo programa Caminho da Escola, que envolve uma licitação atual de 16 mil unidades. “Os governos são grandes compradores desse tipo de veículo e já realizaram licitações para renovar as frotas. É provável, portanto, que ao longo do ano os volumes aumentem e os resultados melhorem”, concluiu.

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