Ministério da Fazenda estuda financiamento para programa que facilite compra de ônibus elétricos

Do PORTAL UNIBUS
Foto: Bruno Concha (Secom / Prefeitura de Salvador)

O Ministério da Fazenda está analisando modelos de financiamento para a implementação de um programa destinado à aquisição de ônibus elétricos pelos municípios, com o respaldo da União, e também para o desenvolvimento de instalações industriais visando a produção desses veículos no país. Os recursos para tal iniciativa poderiam ser provenientes do Fundo Clima, que atualmente possui R$ 10 bilhões.

A declaração foi feita pelo secretário adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, durante um seminário organizado pelo Banco Central e pela Febraban sobre os riscos climáticos e a agenda regulatória para o sistema financeiro, ocorrido ontem, 27.

De acordo com o secretário, diversas possibilidades de incentivo estão sendo discutidas. Uma delas é o Fundo Clima, que registrou um aumento em seu montante no ano passado devido a captações após a emissão de US$ 2 bilhões em títulos soberanos sustentáveis no mercado internacional pelo governo. “Estamos discutindo várias possibilidades. Uma delas é o Fundo Clima. (…) Ele está mais robusto e poderá ser um dos principais financiadores dos projetos de ônibus elétricos no Brasil”, afirmou Dubeux.

Ele acrescenta que o desenho do programa ainda está em fase de discussão e que o arranjo pode variar em cada caso. “Pode ser a concessionária pegando dinheiro, a própria planta de ônibus. Mas o governo federal colocou recursos do clima, geridos pelo BNDES, para que ele faça empréstimos para concessionária, município ou planta. Cada arranjo vai ser ter que ser discutido”, explicou o secretário, ressaltando que a taxa de juros será mais competitiva do que a de mercado. “Para promover a descarbonização e o adensamento tecnológico no Brasil”, explicou.

Dubeux destaca que o interesse em ônibus elétricos faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e diversos municípios já demonstraram interesse. Este programa está em consonância com o plano do BNDES de financiar projetos de transição energética, que já aprovou R$ 2,5 bilhões para a Prefeitura de São Paulo investir em uma frota elétrica de ônibus.

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