Do PORTAL UNIBUS
Foto: Rafael Fernandes (Gentilmente cedida ao PORTAL UNIBUS)
Durante a sessão plenária na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Sileno Guedes (PSB) dirigiu críticas ao Governo do Estado em relação à recente decisão da empresa Vera Cruz de suspender nove linhas de ônibus na região. Essas linhas, que atendem cerca de 42 mil passageiros diariamente, geraram preocupações significativas entre os moradores de Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca e de bairros da Zona Sul do Recife.
Em entrevista ao blog do jornalista Jamildo Melo, no Jornal do Commercio, o deputado destacou que, apesar da anunciada operação de 185 novos ônibus no Grande Recife, a comunicação do governo não consegue convencer a população dessas áreas sobre a adequação das medidas diante do temor da falta de transporte.
Um dos pontos mais alarmantes para o parlamentar é a ausência de posicionamento tanto do Grande Recife Consórcio de Transporte quanto do próprio governo estadual. Até o momento, não foram anunciadas ações para mitigar os transtornos causados pela suspensão das linhas pela Vera Cruz.
Sileno Guedes também levantou preocupações quanto à segurança dos veículos operados pela empresa. “Essa mesma empresa tem mais de 50 veículos interditados pelo próprio Consórcio por falta de manutenção. A população está prestes a ficar sem poder fazer uso desse serviço”, disse.
Outra questão abordada pelo deputado foi a demora do Governo do Estado em enviar um projeto de lei para subsidiar o custo de R$ 60 milhões referente à implantação do bilhete único, que entrou em vigor em 3 de março. Ele ressaltou que a lei anterior que tratava da remuneração das empresas de ônibus expirou em dezembro sem ser prorrogada pela gestão Raquel Lyra, além de mencionar a falta de pagamento por parte do Estado às operadoras desde julho.
“No último dia 4 [de março], fizemos esse alerta durante audiência pública nesta casa e não deu outra. O bilhete único foi implantado e é algo que todos nós sempre defendemos, mas os subsídios para garantir esse benefício sequer estão assegurados por lei, já que nenhum projeto foi enviado para cá. Há o risco muito grande de o passageiro ficar com o bilhete único na mão enquanto espera ônibus que não chegam à parada ou que chegam mais cheios e em situação ainda mais precária”, disse Sileno.