Programa “Horário Social” é extinto na região metropolitana do Recife

Do PORTAL UNIBUS
Foto: Rafael Fernandes (Gentilmente cedida ao PORTAL UNIBUS)

Os passageiros que utilizam os ônibus na Região Metropolitana do Recife foram afetados por mais uma mudança para manter o congelamento das tarifas em 2024 e introduzir o Bilhete Único Metropolitano, que unificou os anéis tarifários do sistema com o valor de tarifa mais acessível. O programa “Horário Social”, que oferecia descontos de R$ 1 nos horários fora de pico para os usuários do cartão VEM Comum, foi abolido.

O Horário Social era válido nos horários fora de pico, das 9h às 11h e das 13h30 às 15h30. Foi criado em 2021 pela gestão do ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara para compensar o aumento de 16% nas passagens de ônibus da RMR naquele ano.

Quando foi lançado, durante os esforços pós-pandemia de COVID-19 para reduzir a lotação nos horários de pico, o Estado estimou que cerca de 10% dos passageiros pagantes do sistema de ônibus se beneficiariam do programa. Na época, esse número significava quase 70 mil beneficiários entre os 700 mil que pagavam passagens no sistema da RMR. Antes da crise de saúde, eram 1,2 milhão de pagantes e 2 milhões de passageiros transportados, incluindo passageiros com gratuidades, números que praticamente se recuperaram.

A tarifa social foi concebida pelo CTM com base no número de passageiros que pagavam a tarifa em dinheiro ou usando o cartão VEM Comum. Diretamente, 60 mil passageiros que já usavam o sistema nos horários fora de pico (das 9h às 11h e das 13h30 às 15h30) pagando em dinheiro ou com o VEM Comum seriam beneficiados.

Com a extinção do Horário Social, o Anel A, que custa R$ 4,10, permaneceu inalterado, enquanto o Anel B (agora extinto) passou de R$ 5,60 para R$ 4,10.

Na proposta técnica apresentada pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM) para justificar a não revisão das tarifas e a extinção do Anel B (que custava R$ 5,69), a eliminação do programa social foi uma das condições estipuladas.

O CTM esperava que os 35 mil usuários que pagavam em dinheiro nesses horários de pico migrassem para o cartão VEM com a Tarifa Social. Os outros 25 mil passageiros já pagavam com o cartão VEM Comum.

Além desses 60 mil passageiros, o Estado previa que outros 9 mil usuários que viajavam nos ônibus nos horários de pico e também pagavam a passagem em dinheiro ou com o VEM Comum seriam atraídos para o Horário Social.

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