Do PORTAL UNIBUS
Foto: Vinícius Marinho (Gentilmente cedida ao PORTAL UNIBUS)
O Brasil registrou o incêndio de 19 ônibus do início de 2024 até o dia 14 de março, representando um aumento de 6% em comparação ao ano anterior. Os dados são de um levantamento realizado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), os quais foram divulgados pelo site Poder360.
Os casos mais recentes ocorreram em Santos (SP), onde dois veículos foram destruídos. Em 2023, o país teve um total de 105 ônibus incendiados, marcando o maior registro em quatro anos.
O ápice de ocorrências de ônibus queimados foi em 2014, durante manifestações contra o governo de Dilma Rousseff (PT), quando 657 casos foram registrados.
Naturalmente, as ocorrências de 2020 e 2021 foram mais baixas devido às restrições de circulação provocadas pelo isolamento social durante a pandemia.
Desde o início da série histórica em 2004, o Brasil registrou 2.825 ônibus incendiados. A NTU considerou para o levantamento ônibus coletivos de transporte público municipal e metropolitano, operados por empresas privadas com concessão do serviço, excluindo veículos utilizados para turismo e viagens interestaduais.
Em termos de prejuízo, estima-se que somente em 2024 as queimas dos ônibus resultaram em uma perda de R$ 8,8 milhões, dos quais a maior parte (R$ 8,2 milhões) seria destinada à reposição dos veículos. Ao longo de 20 anos, o prejuízo acumulado atingiu a marca de R$ 2,8 bilhões, o que, segundo a pesquisa, seria suficiente para construir 257 km de BRT (ônibus de trânsito rápido), capazes de comportar uma quantidade significativa de veículos de transporte público.
A NTU relata que durante os ataques aos ônibus, pelo menos 23 pessoas perderam a vida e outras 80 ficaram feridas.
Os estados onde foram registrados os incêndios em ônibus em 2024 são São Paulo, com 10 casos (53% do total), seguido por Rio de Janeiro (4), Minas Gerais (3) e Rio Grande do Norte (2).
