Do PORTAL UNIBUS
Foto: Henrique Arakaki (Jornal Midiamax)
O Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte público em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, enfrenta uma crise com a saída em massa de motoristas, resultando na necessidade de jornadas de trabalho extras para cobrir 60 linhas de ônibus durante o último fim de semana. A falta de mão de obra está sobrecarregando os motoristas, que precisam trabalhar mais horas para atender à demanda, enquanto a população ficou sujeita à falta de circulação dos veículos em alguns horários.
O Jornal Midiamax teve acesso à escala de motoristas do Consórcio Guaicurus, indicando a necessidade de ajustes na jornada de trabalho dos operadores em 61 linhas de ônibus durante o fim de semana, com 36 diárias no sábado (9) e 25 no domingo (10). A escassez de motoristas resulta em interrupções nos serviços, causando transtornos aos usuários.
Fontes consultadas pelo Jornal Midiamax estimam que pelo menos 70 motoristas estão em falta no quadro de funcionários do Consórcio Guaicurus. Diante da escassez de trabalhadores para atender à alta demanda, alguns motoristas chegam a cumprir jornadas exaustivas de até, segundo o material publicado pelo periódico, 20 horas por dia.
A situação impacta diretamente a rotina da população, especialmente nos finais de semana, quando muitos motoristas evitam realizar horas extras. Isso resulta em longos períodos de espera nos pontos de ônibus, atrasos e, em alguns casos, a população recorre a alternativas como transporte por aplicativo devido à inviabilidade do transporte público.
A crise no Consórcio Guaicurus intensificou-se com a saída em massa de motoristas, que foi desencadeada após a demissão do diretor da Viação Cidade Morena, Leonardo Constantino Meneghin, com 16 anos de serviço na empresa. A falta de perspectivas e melhores condições de trabalho em empresas do setor de celulose motivou muitos motoristas a deixarem a empresa.
Diante das baixas constantes, os motoristas remanescentes foram autorizados a realizar diárias extras, enfrentando sobrecarga de trabalho. O presidente do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Demétrio Freitas, confirma a falta de motoristas, mas não forneceu informações específicas sobre o déficit no Consórcio Guaicurus.
Já o Consórcio Guaicurus nega a falta de ônibus e assegura que as linhas operam dentro da normalidade, atendendo aos padrões estabelecidos. Já a prefeitura, por meio da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), afirma que fiscaliza diariamente o serviço de transporte coletivo, mas a quantidade de motoristas é responsabilidade do consórcio.