Por UNIBUS RN
Foto: Andreivny Ferreira (UNIBUS RN)
O Conselho Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana de Natal aprovou, nesta quinta-feira (9), um reajuste de 14,47% na tarifa do transporte público, elevando o valor da passagem para R$ 4,50. A proposta, que obteve 25 votos a favor, incluindo a cadeira da Câmara Municipal, e cinco votos contrários, está sob análise do prefeito Álvaro Dias.
Caso o prefeito acate a decisão, o reajuste será oficializado por meio da publicação no Diário Oficial do Município. A Secretaria de Mobilidade Urbana informou que a expectativa é que a nova tarifa entre em vigor a partir da próxima segunda-feira (13) – apesar disso, até o fechamento da matéria, a publicação oficial da prefeitura ainda não trouxe a oficialização da implantação do reajuste.
Pela primeira vez, a tarifa pública será diferenciada da tarifa técnica, estabelecida em R$ 4,95. A diferença será compensada através do abatimento de dívidas e débitos das empresas de transporte público, que totalizam aproximadamente R$ 35 milhões, segundo informações da prefeitura.
O último reajuste na tarifa de ônibus em Natal ocorreu em maio de 2019. Em fevereiro de 2020, uma proposta de aumento para R$ 4,35 foi aprovada pelo Conselho, mas posteriormente revogada pelo prefeito. A decisão atual acompanha a crescente de custos operacionais, incluindo um aumento de mais de 90% nos pneus desde 2019 e um incremento de 50% no preço do óleo diesel.
Com o reajuste, a tarifa de ônibus em Natal se iguala à de Aracaju e Fortaleza, tornando-se a terceira mais cara do Nordeste, atrás apenas de Salvador (BA) e João Pessoa (PB). Segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, a tarifa técnica, definida para custear o sistema, ficou em R$ 4,85. Para evitar sua aplicação direta aos consumidores, a Prefeitura compensará a diferença com o abatimento de dívidas das empresas, que atualmente somam R$ 50 milhões em tributos.
Além disso, destaca-se que a última mudança no valor da tarifa ocorreu em maio de 2019, sendo Natal a capital brasileira que permaneceu por mais de quatro anos sem alterações. O reajuste de R$ 4 para R$ 4,50 representa uma resposta aos aumentos significativos nos custos dos insumos, como o combustível (diesel S-10), que teve um aumento de 67,42%, e os pneus, com elevação de 93%. O novo valor entra em vigor na próxima segunda-feira, impactando diretamente os mais de 21 dias úteis por mês, resultando em um gasto de R$ 189 para os trabalhadores com salário mínimo, representando 14% do salário atual.
