Por UNIBUS RN
Foto: Andreivny Ferreira (UNIBUS RN)
O usuário do transporte por ônibus em Natal pode enfrentar deslocamentos turbulentos a partir da próxima quarta-feira, 19. Isso pelo fato de ter sido divulgado, nos jornais em circulação na capital potiguar, um edital de deflagração de greve por parte de trabalhadores do transporte público. A organização do movimento é realizada pelo SINTRO – RN, sindicato que representa motoristas e trabalhadores das seis empresas que prestam o serviço de transporte por ônibus em Natal. O edital começou a ser divulgado hoje, 14.
De acordo com a apuração do UNIBUS RN, as negociações para o cumprimento da data-base da categoria, vencida em 1º de maio, estão travadas, o que motivou a deflagração do movimento paredista. Não houve acordo, por exemplo, para um reajuste salarial: enquanto os trabalhadores pedem 9% de reajuste, as empresas de ônibus oferecem 3%.
“Eles não ofereceram nem a inflação sobre o salário”, diz Harley Davidson Andrade, segundo-secretário geral do SINTRO – RN, à reportagem. De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é usado para medir a inflação oficial no Brasil, teve uma variação de 3,94% no intervalo de 12 meses entre junho de 2022 e maio de 2023 – a data-base da categoria foi em 1º de maio.
Com a publicação do edital, conforme exigência da legislação vigente, há um prazo de 72 horas para que o movimento seja iniciado. Como as 72 horas vencem na segunda-feira, optou-se por contar o prazo em dias úteis, fazendo com que a greve seja iniciada apenas às 0h da quarta-feira, 19.
Tentativas de conciliação
A reportagem apurou, ainda, que o Ministério Público do Trabalho foi acionado para mediar o conflito e há reuniões marcadas na segunda, 17, e na terça, 18, para se tentar chegar a um acordo.
Os demais lados
O UNIBUS RN procurou a assessoria de imprensa do SETURN, entidade que representa as empresas de ônibus de Natal, para que fosse emitido algum posicionamento a respeito do anúncio da greve dos rodoviários. A assessoria se limitou a informar que estão “ainda em negociações” e que, por isso, até o momento da publicação desse texto, não haveria uma manifestação oficial. Caso haja algum comunicado, a matéria será atualizada.
Também procuramos a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), para verificar qual seria o posicionamento do órgão gestor do transporte público natalense. Até a última atualização da reportagem, não recebemos retorno. Caso haja alguma manifestação, a matéria será atualizada.