Por G1 RN
Foto: Thiago Martins (UNIBUS RN)
A Prefeitura de Natal contratou uma associação, sem licitação, para realizar um estudo sobre a rede de transporte público da cidade. O valor é de R$ 526 mil.
Entre os objetivos, a entidade deverá apresentar soluções para atendimento emergencial das áreas desassistidas por causa de linhas devolvidas pelas empresas desde o início da pandemia.
O extrato do contrato foi publicado nesta quarta-feira (17) no Diário Oficial do Município e deverá ser republicado por incorreção. Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU), o estudo deverá durar quatro meses e não seis, como informado no documento publicado.
O acordo firmado prevê prestação de serviços de consultoria especializada para a realização de estudos, relatórios e apresentação de propostas de modelagem para o sistema de transporte público coletivo de passageiros da cidade.
Ainda de acordo com o município, o objetivo da contratação é melhorar a prestação do serviço e garantir “modicidade tarifária” (tarifa a custo baixo, ou módico), assim como obter uma proposta de transição da rede no sistema atual para a rede projetada pela STTU.
Neste mês, a prefeitura adiou mais uma vez, sem dar novo prazo, a licitação do transporte público de Natal. A capital potiguar nunca teve licitação e o serviço é operado de maneira “precária”, com empresas ofertando serviço por meio de autorização do município.
A Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), contratada pelo município, é uma entidade privada em fins lucrativos sediada em São Paulo. Segundo a prefeitura, a instituição também vem realizando estudos em outras capitais, como Recife.
A secretária de mobilidade, Daliana Bandeira, afirmou que a entidade vai trabalhar com os dados colhidos pela STTU diariamente, como as informações de GPS, bilhetagem eletrônica, além de informações colhidas em pesquisas da UFRN para fazer um mapeamento sobre a rede de transporte de Natal.
Questionada se também seriam levadas em considerações as informações colhidas com moradores de todas as regiões da cidade, durante reuniões realizadas no ano passado, a secretária afirmou que o conteúdo também será analisado, no entanto, as reuniões foram realizadas inicialmente para um diagnóstico prevendo a licitação do transporte municipal.
Já o contrato, atual, de acordo com a secretária, é para medidas emergenciais, de curto prazo, porque a cidade teria muitas áreas não atendidas pelo serviço, atualmente.