Por UNIBUS RN
Foto: Matheus Felipe/Ilustração
Mais duas linhas estão deixando de ser operadas pelas empresas da capital. Agora, foi a vez das linhas N-17 (Gramoré / Petrópolis – Via Santarém) e O-19 (Rodoviária / Ribeira – Via KM 06) terem suas atividades encerradas. A empresa responsável por ambas, Transportes Guanabara, informou à Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) que deixaria de atuar nas linhas na última quarta-feira (18), mas o anúncio só foi feito hoje, 21).
A paralisação da circulação das duas linhas foi confirmada pelo UNIBUS RN junto ao SETURN, sindicato que representa as empresas de ônibus de Natal. De acordo com a apuração da reportagem, as linhas foram devolvidas para a STTU devido à baixa demanda de passageiros. O UNIBUS RN apurou, ainda, que as linhas operavam com quadro de horários e frota reduzidos – no máximo, dois ônibus. “Essas linhas já estavam praticamente mortas”, disse a fonte ouvida pela reportagem.
O UNIBUS RN também procurou a STTU, órgão vinculado à Prefeitura de Natal responsável pelo transporte público da cidade, que não se pronunciou até o fechamento desta matéria.
Com a entrega de mais duas linhas, sobe para 25 o número de rotas que deixaram de circular em Natal desde a pandemia, com poucas ações do poder público municipal para suprir a deficiência.
Linhas que já deixaram de cicular em Natal:
01A, 01B, 12-14, 13, 17, 18, 19, 20, 23-69, 30A, 31, 31A, 34, 36, 41B, 44, 48, 57, 61-62, 65, 66, 68, 81, 592 e 593.
Outras linhas passaram a operar de modo compartilhado e ganharam novos códigos, semelhante ao que ocorria nos domingos e feriados: 05-67 (que se tornou N-05), 35-85 (que se tornou N-35) e 61-64 (que se tornou N-64), por exemplo.
Preço do diesel impacta no cenário: Já por parte do SETURN, é indicado como um dos motivos para a crise do transporte público o preço do litro do óleo diesel, combustível usado nos ônibus em circulação em Natal.
“Há três anos que a atual tarifa foi calculada e o litro de diesel custava R$ 3,44. Atualmente custa R$ 5,60. As empresas urbanas de Natal consomem cerca de 30 mil litros por dia útil, impactando negativamente em R$ 64.800,00 diariamente. Isso já com a desoneração total do ICMS”, explica Nilson Queiroga, consultor técnico da pasta. “Situação muito delicada das empresas”, completa.