BA: Reajuste da passagem de ônibus em Salvador depende de subsídio federal, diz prefeito

Do Portal IBahia
Foto: Marina Silva (Correio da Bahia)

Nesta quarta-feira (9), Bruno Reis afirmou que o reajuste das passagens de ônibus, em Salvador, dependem de um auxílio do governo federal. Segundo o prefeito, caso o dinheiro não seja enviado, R$ 64 milhões, saída será aumentar o preço da tarifa.

“O transporte público, hoje, é o maior problema de todas as cidades por conta da diminuição dos passageiros transportados. Só voltamos a ter 60% do que era antes da pandemia. Com o aumento dos combustíveis, o valor do ônibus elevou muito, e a tarifa não remunera mais o sistema. Os prefeitos estão buscando subsídio federal porque se formos praticar os aumentos conforme os contratos, a população não tem condição de pagar”, disse.

De acordo com o Correio24horas, o prefeito disse que o prazo, para que o valor seja anunciado, é dia 15 de março.

“Estamos aguardando o governo federal. Se não tiver apoio até 15 de março, vamos dar um reajuste em conjunto no Brasil. Hoje [quarta-feira/ 9], tem reunião com a frente nacional dos prefeitos e a pauta é novamente o transporte público”, disse Bruno.

Ainda segundo Bruno Reis, Salvador receberia o subsídio de e R$ 64 milhões do governo federal, para compensar a gratuidade dos idosos e das pessoas com deficiência.

Segundo o gestor, a prefeitura não tem como arcar, sozinha, com todos os custos do sistema de transporte público.

“Salvador não tem condição de continuar botando [dinheiro], como já fizemos na pandemia, colocamos R$ 196 milhões, entre compra de crédito de passagem, indenização de trabalho, gestão da CSN, para dar conta do desequilíbrio”, disse. O subsídio, segundo ele, é para evitar a falência do sistema.

Durante a coletiva, Bruno Reis também comentou o pedido do Ministério Público da Bahia, que pede o retorno total da frota ônibus nos horários de pico.

“Não tem ônibus. Uma empresa quebrou, as outras empresas assumiram essas linhas, e estão botando todos os ônibus disponíveis nas ruas”, explicou.

O prefeito também afirmou que não tem como aplicar mais a frota. “Se de um lado não tem como pagar a conta, do outro não tem o equipamento disponível. Não tem como impor ou sugerir uma determinação que não pode ser cumprida”, finalizou.

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