Do G1
Foto: Paulo Pinto (Fotos Públicas)
A Secretaria de Transportes de São Paulo e a SPTrans afirmaram nesta quarta-feira (22) que a tarifa de ônibus deveria ser reajustada para, no mínimo, R$ 5,10 para corrigir a inflação dos dois últimos anos. A proposta ainda será enviada para o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Caso seja aprovado algum reajuste, ele deve começar a vigorar em 1º de janeiro de 2022. Atualmente, a tarifa custa R$ 4,40.
Os custos da operação de ônibus na capital paulista é pago parte pelos usuários, através da tarifa, e parte pela Prefeitura através de subsídio, o que representa 47% do custo total.
O subsídio pago pela Prefeitura de São Paulo para as empresas de ônibus em 2021 foi R$ 3,3 bilhões. Como mostrado pelo g1, o valor do repasse no primeiro semestre foi R$ 461 milhões superior ao do primeiro semestre de 2020, quando a gestão municipal destinou R$ 1,403 bilhão do Tesouro da cidade para bancar o sistema municipal de ônibus.
De acordo com o estudo apresentado pela SPTrans, a cada R$ 0,10 na tarifa básica, a receita tarifária aumenta R$ 104 milhões nos primeiros 12 meses.
Se o valor de R$ 5,10 for aprovado pelo prefeito, significa que cerca de R$ 728 milhões devem entrar nos cofres do sistema de ônibus em 12 meses, diminuindo a necessidade de subsídio do Tesouro Municipal, que neste ano deve chegar a R$ 3,3 bilhões, segundo a própria SPTrans.
A proposta de aumento foi apresentada por Andréa Compri, Superintendente de Receita e Remuneração da SPTrans durante uma reunião com o Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT).
“Nós vamos mandar para o executivo a nossa sugestão de que é preciso ter reajuste de tarifa. Esse percentual é alto, é. Mas é por isso que o Executivo está indo atrás de outras fontes de receita”, afirmou Andréa.
A capital tem até o próximo dia 25 para finalizar os estudos de custos e decidir se vai aumentar o valor das passagens. Na quarta-feira (21), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) falou que é possível que não haja aumento.
“Pode ser que sim, mas tá caminhando muito pra que a gente consiga segurar o aumento da passagem, para não ter, é o que tá caminhando, mas os estudos não estão concluídos”, afirmou.
Após a reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), a Prefeitura de SP divulgou uma nota eu diz que “os dados sobre tarifas, custos e subsídio do sistema municipal de ônibus apresentados na sessão serão encaminhados ao gabinete do prefeito, que analisará os números em conjunto com as secretarias de Governo e da Fazenda, para posterior tomada de decisão [sobre reajuste]”.