Da Tribuna do Norte
Foto: Andreivny Ferreira (UNIBUS RN)
A volta da renegociação salarial dos motoristas de ônibus voltará a ser discutida em janeiro, após o recesso do judiciário. A decisão foi feita em conjunto por representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro-RN), do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Seturn) e do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em reunião que ocorreu nesta teça-feira (14). No entanto, a questão da recomposição do vale-alimentação dos motoristas ainda pode ser resolvida este ano, a depender do posicionamento do Seturn na próxima segunda (20).
Até março do ano passado, as empresas pagavam R$ 315 aos rodoviários como benefício, mas, com a redução das linhas em circulação em decorrência da pandemia da covid-19, o valor do vale-alimentação foi reduzido para R$ 180. A renegociação desse valor faz parte das reivindicações da categoria.
Durante a última audiência com o Tribunal, que aconteceu na última terça (14), o Sintro sugeriu ao Seturn, diante do desembargador Eridson Fernandes de Medeiros, que o sindicato das empresas pagasse o valor integral do vale-alimentação aos motoristas de ônibus até o 5° dia útil do mês de janeiro. O Seturn preferiu não dar uma resposta na hora, e o Tribunal deu o prazo de cinco dias para a avaliação da proposta.
Segundo Harley Davidson, diretor de comunicação do Sintro, há a possibilidade do Seturn não se posicionar no dia 20, “que é uma forma de dizer que não vão pagar”. “Acredito eu que, se eles não se pronunciarem, mais uma vez é uma falta de consideração com a categoria e pode ter consequências, sim”, comentou o sindicalista. Segundo ele, se não houver o pagamento do vale-alimentação de forma integral, manifestações e paralisações podem ser esperadas em janeiro. Mas deixa claro que esse cenário não é ideal: “A gente está evitando o máximo possível, porque confiamos no Tribunal, mas tudo na vida tem um limite.”
Com relação à renegociação salarial, os rodoviários reivindicam a recomposição do salário, que não aconteceu nem em 2020, nem em 2021, de acordo com o Sintro. A questão só voltará ao debate em janeiro de 2022.