Por Automotive Business
Foto: Divulgação (Via Automotive Business)
Na semana em que completou 50 anos de operações no Brasil, exatamente na segunda-feira (22), a Cummins anunciou com mais detalhe as suas projeções acerca do seu desempenho em 2021. Pelos cálculos da fabricante a sua produção deverá somar em dezembro até 47 mil motores, um volume que representará, caso se confirme, crescimento de 50% ante o volume produzido em Guarulhos (SP) em 2020.
O volume, inclusive, é maior do que aquele produzido pela empresa em 2019, quando saíram das linhas da empresa 33 mil motores. De acordo com o presidente Adriano Rishi, o resultado é baseado no aumento da produção de veículos comerciais no País, sobretudo daqueles utilizados em demandas do agronegócio. Do total produzido pela Cummins este ano, 65% correspondem aos motores para caminhões e ônibus.
A empresa, no entanto, não se arriscou durante transmissão online realizada na quinta-feira (25) a arriscar projeções para 2022, ano em que devem estrear no mercado brasileiro os seus motores homologados para atender as normas Euro 6 para veículos comerciais. A nova plataforma de motores, inclusive, demandou investimento de R$ 170 milhões em uma linha dedicada à sua produção em área de 2 mil metros quadrados.
A nova plataforma de motores eletrônicos Euro VI é composta pelas versões de 2.8, 3.8, 4.5, 6.7, 9, 12 e 15 litros para motores diesel, além das opções a gás, com motores de 9, 12 e 15 litros. Os motores serão equipados com o turbocompressor da Holset, informou a fabricante.
A empresa hoje se prepara para o processo de descarbonização da frota de veículos nos principais mercados globais. Nesse sentido, tem estruturado seu desenvolvimento com base em demandas que envolvem propulsores movidos a gás natural, etanol, eletricidade, híbridos e aqueles equipados com células de combustível. Este último, aliás, fez a empresa iniciar no Brasil as atividades da New Power, a nova unidade de negócios da fabricante.
Para os próximos anos o desafio observado para cada a massificação de cada um dos tipos de propulsão requer a sobreposição de desafios que vão do custo à necessidade de estrutura. No caso do diesel, que ainda deve perdurar por alguns anos como principal combustível da frota dos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, o grande desafio é a redução de emissões.
Já no caso das matrizes mais limpas, o principal desafio apontado pela Cummins para adoção do gás natural é a instalação de infraestrutura de abastecimento. No caso do etanol, a aceitação do mercado, principalmente do produtor. No caso dos híbridos, o principal desafio é o custo do sistema. Já os elétricos, o custo da bateria é considera um grande entrave. Por fim, as células apresentam o desafio da maturidade tecnológica.