Prefeitos viajam a Brasília pedir subsídios do governo federal para os ônibus

Por Automotive Business
Foto: Andreivny Ferreira (UNIBUS RN)

Prefeitos de várias cidades do Brasil estiveram anteontem em Brasília para uma reunião com o objetivo de solicitar subsídios do governo federal para os ônibus do transporte público. Os governantes afirmam que, com a alta do diesel e a queda de passageiros causada pela pandemia, as empresas operam em prejuízo, obrigando as Prefeituras a arcar com os custos para manter o serviço funcionando.

Entre outros, estiveram presentes o prefeito Ricardo Nunes (PSDB), de São Paulo, e Edvaldo Nogueira (PDT), de Aracaju, que também é presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP). Eles foram recebidos pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pela ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL), pelo deputado federal Cezinha Madureira (PSD-SP) e pelo secretário especial de assuntos federativos da Secretaria de Governo, Flávio Giussani.

Segundo os prefeitos, o diesel, que representa 20% do custo de operação dos ônibus, subiu 66,5% no ano. Com a queda de passageiros causada pela pandemia, a receita obtida com as tarifas caiu. Apesar disso, pela lei, as Prefeituras precisam manter 100% de suas frotas funcionando.

Em São Paulo, o valor do bilhete simples permanece congelado em R$ 4,40 desde janeiro de 2020, forçando a prefeitura a arcar com a diferença entre o custo do sistema e o valor arrecadado. Esse valor, que é repassado às empresas de transporte, deve chegar ao fim de 2021 na casa dos R$ 3,3 bilhões.

“Se não tiver alguma medida para aliviar os custos, haverá aumento de tarifa agora para todas as cidades”, afirmou Ricardo Nunes ao jornal Valor Econômico. Os prefeitos querem que o governo federal lance subsídios, por meio de medida provisória, que cubram pelo menos a alta da inflação, que está em 11%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Em entrevista ao jornal Diário do grande ABC, o prefeito de Santo André (SP), Paulo Serra (PSDB), disse que o governo federal deve emitir uma resposta sobre as demandas em dezembro.

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