Do G1 MA
Foto: Adriano Soares (Grupo Mirante / Via G1 MA)
Sem acordo entre o Sindicato das Empresas de Transporte (SET) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema), chega ao terceiro dia a greve dos rodoviários na Região Metropolitana de São Luís (que compreende as cidades de São Luís, Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar), neste sábado (23).
Na sexta-feira (22), foi realizada a primeira audiência de mediação entre a classe patronal e os trabalhadores, na sede do Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA), em São Luís. Porém, a audiência terminou sem acordo entre as partes.
Segundo o MPT-MA, durante a audiência, o Sindicato dos Rodoviários apresentou uma nova proposta, que será analisada pelo SET em assembleia geral. Diante disso, ficou acertado que os empresários darão uma resposta aos rodoviários em uma audiência marcada para as 18h deste sábado, na sede do Ministério Público do Trabalho.
A mediação está sendo conduzida pelo procurador do Trabalho do MPT-MA Marcos Rosa.
Na primeira audiência, estiveram presentes representantes do STTREMA, do SET, da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) e da Procuradoria-Geral do Município de São Luís.
Além da nova audiência de mediação, também está marcada para ocorrer, neste sábado, uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão (TRT-MA). A audiência está agendada para iniciar às 10h. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, o presidente da categoria, Marcelo Brito, e os diretores da entidade, estarão presentes nesta audiência.
“O objetivo do Sindicato dos Rodoviários é chegar a um entendimento com os empresários, para que todas as reivindicações dos trabalhadores sejam atendidas. O sindicato reafirma que segue aberto ao diálogo, para que este impasse seja solucionado”, afirmou a entidade por meio de nota.
A Greve: A paralisação dos rodoviários teve início na madrugada da última quinta-feira (21), com 100% da frota de ônibus sem circular na Grande São Luís. A categoria afirma que os donos das empresas não cumprem com uma Convenção Coletiva de Trabalho, que prevê uma série de direitos aos motoristas, por parte das empresas de transporte.
Os rodoviários reivindicam:
- 13% de reajuste salarial;
- jornada de trabalho de seis horas
- tíquete de alimentação no valor de R$ 800;
- manutenção do plano de saúde e a inclusão de um dependente;
- a concessão do auxílio-creche, para trabalhadores com filhos pequenos.