Entenda por que está mais difícil (e caro) conseguir carro em apps de mobilidade

Da CNN Brasil
Foto: Núcleo Editorial/VisualHunt

Com certeza alguém já te disse ou você mesmo constatou: está mais difícil que o habitual conseguir embarcar em um carro via Uber ou 99. O relato se multiplica, ao vivo e na internet, em diferentes localidades do país.

Segundo diversos motoristas ouvidos pela reportagem, trata-se de um problema real, e não apenas de uma sensação dos consumidores.

Na verdade, uma série de questões, como a alta da gasolina e o aumento dos preços de aluguel de carros, se acumularam e tem afetado a atividade, a ponto de alguns profissionais questionarem se vale a pena seguir na atividade de motorista de aplicativo.

E, apesar das empresas não confirmarem possíveis mudanças nas tarifas básicas, o serviço encarece para o cliente final quando há menos oferta. Entenda:

Combustíveis
A gasolina, uma das grandes vilãs no processo, teve aumento de 51% ao longo do ano de 2021 e provavelmente esses valores devem continuar nas alturas.

Isso ocorre porque o petróleo teve uma enorme alta nos últimos meses, chegando a superar o valor de US$ 60 e ainda não há um aumento significativo de produção que justifique uma queda no preço.

O câmbio do dólar, que não tem baixado como esperado, é outro fator que está impulsionando a inflação no país.

Com isso, segundo pesquisa da ANP entre 15 e 21 de agosto, o preço do litro da gasolina comum na bomba de alguns postos de combustíveis já chega ou ultrapassa os R$ 7 em quatro estados: Acre, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins.

Nessa linha, os preços médios do etanol também subiram em 21 estados na semana passada. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o valor subiu 2,23% ante a anterior, de R$ 4,399 para R$ 4,497 o litro.

Eduardo Lima, da presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp), diz que os aumentos sucessivos nos preços dos combustíveis estão sufocando as margens de lucro dos motoristas, agravando uma situação que já era crítica antes da pandemia.

Ao nível estadual, a categoria está negociando um financiamento com a secretaria de Desenvolvimento Econômico para realizar a instalação de Gás Natural Veicular (GNV) em até 60 mil veículos da categoria.

“Vai ajudar nos custos e reduzir as emissões dos carros que trabalham no setor”, diz. Procurada pelo CNN Brasil Business, a pasta confirma que se reuniu com a categoria, mas ainda não tem detalhes sobre como o projeto pode se desenvolver.

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