Pandemia eleva uso do carro próprio e reduz interesse por transporte coletivo

Por Automotive Business
Foto: Thiago Martins (UNIBUS RN)

Parte dos brasileiros abandonou o transporte coletivo para dar preferência ao carro próprio. A motivação para o movimento veio do distanciamento social durante a pandemia. É o que aponta uma pesquisa da Webmotors. No comparativo entre agosto de 2019 e abril de 2021, a preferência pelo carro como meio de locomoção cresceu de 50% para 56%.

O estudo sobre mobilidade urbana foi feito com mais de mil usuários do site. Entre as opções mencionadas na pesquisa, o carro próprio foi a única que cresceu. O uso de transporte coletivo teve a maior queda: de 10% para 7%.

“O carro ganhou a preferência das pessoas por conta da segurança para evitar o contágio pelo novo coronavírus, à medida que as pessoas e suas famílias evitam aglomerações em outros meios, como apontado pela queda do uso do transporte coletivo”, explica o diretor comercial da Webmotors, Eduardo Campos, em nota à imprensa.

O uso das motocicletas teve leve redução, de 13% para 12%. Em dez anos, no entanto, as motocicletas ganharam espaço na mobilidade urbana, impulsionadas pela maior oferta de crédito para financiamento e pelos aplicativos de delivery de comida e produtos.

Segundo dados da Abraciclo (associação que representa os fabricantes do segmento), no primeiro semestre de 2021 foram vendidas 517 mil motocicletas no Brasil, quase o dobro das vendas no mesmo período de 2020.

A pesquisa da Webmotors aponta ainda que o uso dos carros por aplicativos caiu de 8% para 7%; e das bicicletas próprias diminuiu de 6% para 5% entre os períodos mencionados.

Carros elétricos e híbridos despertam interesse de usuários: A Webmotors também questionou os usuários sobre quais meios de transporte eles mais gostariam de conhecer. Os carros híbridos e elétricos foram as opções mais citadas: 27% e 26% dos respondentes, respectivamente, têm interesse nas novas tecnologias.

O interesse por carros por aplicativo, como Uber e 99, teve grande redução de 27% para 8%, o que pode ser explicado pela preferência pelo carro próprio e as próprias mudanças no serviço e preços dos aplicativos desde quando estrearam no Brasil.

Os patinetes e bicicletas compartilhadas, que também foram novidades em 2019, perderam força entre os brasileiros. A intenção de conhecer o patinete caiu de 12% para 5%, e a bicicleta compartilhada foi de 6% para 3%. Em relação às motos, o interesse caiu de 36% para 20%.

“Em 2019, quando fizemos a primeira pesquisa, o cenário era outro, não apenas pela pandemia que teve reflexos a partir de 2020, mas, também, pelas mudanças no perfil dos consumidores nos últimos dois anos, que antes buscavam conhecer os carros por aplicativo, além da febre dos patinetes e bicicletas compartilhadas espalhados pelas grandes cidades do país”, avalia Campos.

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