Da Tribuna do Norte
Foto: Ilustração/UNIBUS RN
Seguindo uma tendência já aplicada em outras capitais do Nordeste, a Secretaria de Mobilidade Urbana passou a adotar, há pouco mais de um mês, o uso de talonários eletrônicos para aplicação de multas as motoristas da cidade. De acordo com o secretário Paulo César Medeiros, a medida foi adotada por uma série de fatores, entre elas a economia de papel, mas principalmente, evitar que aconteçam erros no momento da aplicação do auto de infração e agilidade no processo de multa.
“É um sistema embarcado num celular, com uso exclusivo para esse fim, que faz com que o agente faça a autuação no próprio celular. Isso tem algumas vantagens, como evitar os erros de preenchimento. E também o retrabalho: depois que esses autos eram feitos, eles iam para STTU para digitalizarmos no sistema. Além do retrabalho, poderíamos ter mais erros. E reduzimos também a quantidade de papel que colocamos no mundo”, explica o secretário. O talonário eletrônico nada mais é do que um celular acompanhado de uma pequena impressora, caso exista a necessidade de se aplicar a multa ao condutor infrator presencialmente.
Ainda segundo Paulo César Medeiros, os agentes de mobilidade urbana da capital que atuam nas ruas já passaram por um período de treinamento e já estão utilizando o equipamento no dia-a- dia. Mesmo com o uso do talonário eletrônico, o papel ainda não foi totalmente descartado, sendo uma espécie de “backup” para o profissional de trânsito que está nas ruas. O investimento da pasta é de 40 mil/mês. As notificações poderão chegar mais rápidos ao condutor, segundo o secretário.
“Isso tem uma função educativa muito forte. Quando você aproxima o momento da infração com o momento da notificação, você chega mais perto do condutor para dizer: olha, você fez algo errado e está sendo multado por isso”, acrescenta.
Outro ganho informado pelo secretário é uma geolocalização em relação aos agentes, facilitando a ida deles ao local do acidente e controlando o trânsito e o tráfego no local, evitando novos sinistros.
“Às vezes acontece um acidente a 800 metros, que precisaria da intervenção de um agente, e nós não conseguiríamos localizar rápido esse agente. Com o talonário, ele fica mapeado e georeferenciado, então sabemos que naquele lugar tem um agente de trânsito e podemos deslocá-lo imediatamente para o local”, comenta.
O equipamento utilizado pelos agentes também poderão registrar, em imagens, determinadas infrações cometidas pelos motoristas em Natal, como por exemplo, estacionamentos em locais proibidos.
