Da Agência AutoData
Foto: Ivan Bueno (Fotos Públicas)
A Fenabrave fez uma nova projeção de vendas para o mercado interno, um pouco menos otimista do que aquela divulgada no começo do ano. No geral a estimativa de crescimento da entidade foi reduzida de 16% para 11,6%, somando 2,3 milhões de unidades, muito em função dos cenários distintos dos segmentos: o de leves, mais volumoso, foi reajustado de alta de 15,8% para 10,7%. Para os pesados a nova previsão é de alta de 27,1%, ante 19,4% da projeção de janeiro.
O otimismo para os pesados é maior em caminhões: a Fenabrave adicionou cerca de 8 mil unidades às suas projeções, agora de 116,4 mil veículos, crescimento de 30,5%, contra os 21,7% estimados no começo do ano.
“O agronegócio vem puxando o setor, especialmente nos pesados”, disse o presidente Alarico Assumpção Júnior. “Temos em alguns modelos encomendas para serem entregues apenas em 2022.”
Ele calculou que ao menos 11 mil unidades deixaram de ser entregues por falta de peças. “É quase um mês de vendas. O setor vai muito bem, com bastante crédito”.
No caso dos ônibus a correção foi menor, mas também para cima: de alta de 8,2% para crescimento de 10,6%, para 20,2 mil unidades. O programa Caminho da Escola, segundo ele, vem impulsionando o setor.
Em automóveis e comerciais leves o cenário é menos otimista, muito por causa da situação da indústria, que convive com paradas por causa do desabastecimento de semicondutores. Segundo o presidente da Fenabrave no primeiro semestre deixaram de ser produzidos 200 mil veículos, que elevariam o resultado em 20%.
Por isso a Fenabrave reviu para baixo as estimativas do segmento: alta de 10,7%, contra os 15,8% de aumento projetados em janeiro. Assim, seriam comercializados 2 milhões 160 mil veículos leves no mercado doméstico, em torno de 100 mil a menos do que a projeção inicial.