Do DNIT
Foto: Divulgação (DNIT)
Em 2021, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) completa 20 anos de criação, desde a publicação da lei nº 10.233/2001. A autarquia federal é responsável pela implementação da política de infraestrutura de transportes terrestres e aquaviários, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do país e está vinculado ao Ministério da Infraestrutura.
Atualmente, a autarquia possui 26 unidades administrativas nos estados e Distrito Federal – as chamadas Superintendências Regionais. Além disso, cada uma delas está subdividida em Unidades Locais, que totalizam cerca de 120, situadas de norte a sul do país.
A Sede: A sede do DNIT fica em Brasília e o prédio já tem mais de 40 anos. Primeiramente, o edifício foi projetado para abrigar o antigo Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER). Com a sua extinção e transposição para o DNIT, em 2001, o prédio passou a abrigar, além do modal rodoviário, a gestão e coordenação dos modais aquaviário e ferroviário.
O projeto do edifício-sede é um monumento de Rodrigo Lefèvre, arquiteto paulista e autor de importantes projetos, contratado pela empresa responsável pela obra, em 1972. O trabalho teve a duração de quatro anos, entre 1975 e 1979 e contou com 3 mil pessoas trabalhando durante 24 horas por dia.
O edifício não está no Eixo Monumental de Brasília e não foi projetado por Oscar Niemeyer, como os outros edifícios da Esplanada, mas mantém em sua estética as características do concreto visível com os quebra-sóis — tanto como elemento quanto composição.
Os quebra-sóis surgiram na arquitetura brasileira na década de 1940. Em resumo, é um dispositivo que visa a controlar a incidência solar em uma edificação, com o objetivo de melhorar a condição climática interna e reduzir o custo de energia, além do efeito estético impressionante.
Na sede da autarquia, os quebra-sóis têm um formato particular, em dois tamanhos. Um deles possui o dobro da largura e profundidade do outro, embora a altura seja a mesma em ambos.
Eles estão dispostos de forma aleatória nas fachadas externas, voltadas para a cidade, e nas internas que dão para o jardim de inverno. O projeto chegou a prever que haveria pintura em várias cores nos quebra-sóis, mas a Diretoria do DNER foi convencida pela empresa a manter apenas a cor natural do concreto.
O andar térreo foi pensado para ser uma área de livre circulação e de caráter público, com um imenso jardim no centro da edificação.
Nasceu assim, no Setor de Autarquias Norte, no início da via L2 Norte, a sede do atual DNIT, com oito pavimentos e área total de mais de 72 mil metros quadrados.
O fluxo de pessoas chega a cerca de 4.200 por dia, dos quais 3.400 são servidores e colaboradores da autarquia.
O maior desafio para erguer o edifício foi a fundação, elemento invisível, mas de importância fundamental na construção. Formada por 428 tubulões, a fundação tem profundidade de 2,5 metros, que receberam uma carga de 2 mil toneladas.
Foram retirados do local 28.000 metros cúbicos de terra, mais de 6 mil caminhões, o maior volume retirado de uma única obra até então na América Latina.
Toda esta estrutura foi necessária para sustentar a construção. O volume principal do edifício possui 56.000m² de área construída, o que consumiu cerca de 60.000m³ de concreto e aproximadamente 5.500 toneladas de ferro.