Do G1
Foto: Rovena Rosa (Agência Brasil)
O Conselho Estadual de Saúde de São Paulo (CES-SP) recomendou que o poder público do estado garanta a manutenção do sistema de transporte público, com ampliação da frota ou dos horários e com lotação reduzida. O objetivo é preservar o distanciamento social para evitar a contaminação por Covid-19 dos usuários.
A recomendação foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (29), quando o Brasil alcançou a marca de 400 mil mortos por coronavírus. O transporte público de São Paulo tem registrado aglomerações todos os dias, o que facilita a propagação da doença.
O Conselho Estadual de Saúde é o órgão colegiado do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem caráter permanente e deliberativo, integrante da estrutura básica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
De acordo com o conselho, o poder público estadual é responsável por medidas de limitação da circulação de pessoas e de distanciamento social para conter a propagação da Covid-19, mas o transporte público não pode ser paralisado, visto que ele responde por 50% das viagens motorizadas no país e fornece um serviço essencial para manter as cidades em movimento.
É necessário, entretanto, de acordo com o texto no Diário Oficial, que o governo “forneça um nível de serviço adequado para permitir os deslocamentos necessários e evitar a propagação da doença, mantendo em mente que a saúde da população vem em primeiro lugar”.
Em nota, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) informou que só será possível ter aumento de frota com a vacinação de 100% dos funcionários e que “aguarda as vacinas disponíveis para termos todos os nossos trabalhadores na operação e a frota integral”.
A pasta disse que “o sistema de trilhos foi projetado e construído para transportar alto fluxo de pessoas da origem ao destino, aglomerado de pessoas em grandes escalas” e que está com operação monitorada desde o início da pandemia, atuando “com avaliação sistemática a cada faixa de horário, para atender a necessidade do cidadão.”
Em março de 2020, a demanda de transporte público no Estado chegou a cair 80% de um dia normal entre as três empresas – Metrô, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), de acordo com a secretaria. Antes da pandemia, eram cerca de 10,5 milhões de passageiros por dia. Com a Covid-19, a média caiu para 4,6 milhões de passageiros diários.