Transporte coletivo de Goiânia deve ter fim da tarifa única com preço da passagem calculado por quilômetro rodado

Jornal Opção
Foto: Carlos Júnior/Ilustração

O transporte público da Região Metropolitana de Goiânia deve passar por mudanças estruturantes em breve. O estudo para um novo modelo de sistema já está em andamento e deverá ser apresentado á população em junho.

Dentro as principais mudanças estão o fim da tarifa única com o preço da passagem sendo calculado de maneira individual levando em consideração a quilometragem que o usuário percorrer, além da criação de um fundo que ajudará a custear as despesas do transporte coletivo.

Para o prefeito Rogério Cruz (Republicanos), solucionar a questão do transporte coletivo é difícil, mas possível. Para isso serão necessárias mudanças estruturantes que já estão em análise.

Rogério conta que desde que assumiu o comando da prefeitura já se reuniu com a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo e Passageiros de Goiânia e Região Metropolitana (SET) e com a RedeMob para o novo modelo pudesse ser pensado em conjunto. O estudo está sendo comandado por um grupo técnico da CMTC.

O prefeito diz que ainda não tomou nenhuma atitude para mudar o sistema de transporte público na capital porque as consequências afetariam todas as cidades da região metropolitana e, por isso, é preciso cautela. Segundo ele, o próximo passo após a apresentação do estudo será de se reunir com os prefeitos das cidades vizinhas e com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), para viabilizar o novo modelo.

“Hoje o que eu não aceito é isso: um passageiro de Goiânia que vai do terminal Isidória para o centro da cidade pagar R$ 4,30, e o passageiro que sai do Padre Pelágio e vai lá para Inhumas e também pagar R$ 4,30. Então isso não é justificável. Para quem está indo pra Inhumas está ótimo, agora pra quem está em Goiânia não é justo”, diz ao analisar que esta deve ser a principal mudança no modelo vigente.

Outra ideia que Rogério pretende colocar em ação é a criação de um fundo que ajude a custear o transporte. A arrecadação será feita, por exemplo, por meio de parquímetros, os estacionamentos digitais.

“Vamos digitalizar nossos estacionamentos no centro da cidade. Então poderemos ter fundos suficientes para bancar o transporte, para ajudar o transporte. Hoje não tem isso. Hoje a prefeitura não tem nenhum fundo para ajudar o transporte público. E esse fundo mudaria tudo porque o poder público poderia chegar no empresário e dizer: não aumente a passagem porque eu te pago, eu tenho um fundo da prefeitura para isso. O que vai trazer um alivio muito grande para a população e para o poder público, que não ter que tirar dinheiro da área pública, mas vai tirar de fundos criados pelo estacionamento, parquímetros, estacionamento digital. Existem várias formas de fazer isso”, detalha.

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