Do Portal Correio
Fotos: Rodrigo Gomes
As empresas de ônibus de João Pessoa divulgaram nesta sexta-feira (19) que estão com dificuldades financeiras e enfrentam problemas para manter as operações.
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (Sintur) disse que, no ano passado, com as restrições impostas em vários estados na pandemia, o número de passageiros caiu drasticamente e a conta “deixou de fechar”.
“As empresas fizeram as contas e chegaram à conclusão de que se os órgãos públicos repassassem os aumentos, o sistema de transporte público ruiria de vez, pois o preço da passagem ficaria inviável”, disse o sindicato.
Cinco Estados do Nordeste resolveram desonerar a tributação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em cima do óleo diesel utilizado pelas frotas.
Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia reduziram as alíquotas e o Estado de Pernambuco optou pela isenção integral. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, entende que o subsídio serve para tornar a tarifa mais acessível aos passageiros. Nesse caso, o governo assume parte deste custo para que não seja absorvido apenas pelos usuários. Portanto, os empresários continuariam recebendo o valor estipulado nos contratos, apenas o dinheiro viria de outra fonte.
“Não há nenhum setor na economia que suporte aumentos sucessivos assim, sem comprometer a qualidade e, em hipóteses extremas, a própria continuidade do serviço”, pontuou o diretor institucional do Sintur-JP, Isaac Júnior Moreira. Só o combustível (diesel) representa cerca de 26% dos custos da tarifa de ônibus. Essa é a segunda maior despesa do setor.