Do G1 RN
Foto: Reprodução (Via G1 RN)
Um ciclista ficou preso na porta de um ônibus em movimento após questionar o motorista sobre uma ultrapassagem feita de maneira perigosa na noite de terça-feira (16) no bairro Ponta Negra, na Zona Sul de Natal.
O ciclista informou que vai registrar boletim de ocorrência. A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) disse que vai apurar o caso.
Segundo relato do próprio ciclista nas redes sociais, o veículo havia passado muito próximo a ele e um amigo que pedalavam na ciclofaixa compartilhada para ciclistas e ônibus que foi instalada recentemente na Avenida Engenheiro Roberto Freire, uma das mais movimentadas da capital. O fato aconteceu por volta das 20h50.
“Ele passou cerca de 10 centímetros do meu braço. Eu estava pedalando tranquilamente na nossa faixa compartilhada, a aproximadamente 1,5 metro do limite da segunda faixa, e meu amigo estava ao meu lado direito, já bem próximo do meio fio”, relatou o ciclista Franklin Macedo, que contou também que o motorista ainda buzinou em seguida.
“Fez questão de passar absurdamente colado em outra ciclista, que ficou assustada, parou e se sentou na calçada”.
O Código Brasileiro de Trânsito determina que os veículos devem passar a 1,5 metro de distância dos ciclistas na via, como padrão de segurança.
Quando o ônibus fez uma parada num trecho mais à frente da via, o ciclista aproveitou para questionar o motorista. Foi quando o ônibus deu partida e o ciclista, que estava na porta de acesso, ficou preso.
“Fomos saber o porquê que ele fez esse ato de violência contra nós. Eu, no meu direito, fui cobrar uma resposta e fui entrando no ônibus para tentar entender o que se passou e o que eu fiz para ele. Ao entrar no ônibus, ele fechou a porta fazendo que minha perna ficasse presa e eu não conseguisse tirar”, escreveu o ciclista.
Franklin confirmou que ficou com a perna machucada. “Estou aqui indignado e assustado por saber que existem pessoas que tem esse ódio no coração. Estou aqui com a perna machucada, mas também estou aqui agradecendo por não ter acontecido nada além do que um machucado na perna”.