Por Automotive Business
Foto: Fancycrave1 (Pixabay)
A sala de casa se tornou o escritório de colaboradores do setor automotivo durante a pandemia de Covid-19 no Brasil. Mesmo com a retomada das atividades presenciais pelas empresas, continuar com a jornada de trabalho flexível é o desejo de 81% dos colaboradores, aponta a pesquisa Pandemia no Setor Automotivo: Trabalho e Sentimento, realizada por Automotive Business, com coordenação técnica da MHD Consultoria.
Durante a pandemia, 74% dos colaboradores do setor com funções administrativas adotaram o home office em período parcial ou integral. A maioria se adaptou ao trabalho à distância e quer continuar com a jornada flexível, sendo que quase 40% gostaria de trabalhar parte maior da jornada em casa do que no escritório.
A pesquisa aponta ainda que 9% têm receio de não voltar ao trabalho presencial, enquanto 11% preferem a jornada totalmente presencial.
Se depender das empresas, o home office veio para ficar. Isso porque mais da metade das organizações que participaram da pesquisa afirmaram que podem continuar com a jornada flexível de agora em diante.
Suporte para trabalho remoto ainda é baixo: Apesar da maior aderência ao trabalho em casa, para que funcione bem para colaboradores e empresas, alguns pontos precisam ser melhorados. Segundo os profissionais do setor automotivo, faltou suporte de grande parte das companhias.
Menos da metade das empresas ofereceram canais de comunicação para atender as demandas da nova dinâmica de trabalho ou promoveram encontros virtuais para integração e descontração das equipes.
Também foi baixa a oferta de mobiliário para o trabalho e a ajuda de custos domésticos com energia elétrica e internet. Os recursos mais disponibilizado aos colaboradores durante o home office a pandemia foram os básicos: acesso remoto aos arquivos e recursos necessários ao trabalho (58%) e tecnologias para o home office (56%).
Home Office é passo importante para transformação: A nova jornada de trabalho também deve impulsionar avanços importantes no setor. Para quase 90% das empresas participantes da pesquisa, a transformação tecnológica vai ganhar relevância no período pós-pandemia.
Para isso, as empresas terão de estar dispostas a treinar quem ainda não têm facilidade com essas novas ferramentas. De acordo com os funcionários, 11% têm receio de não dominar novas tecnologias, sendo um medo mais presente nos colaboradores com mais de 45 anos.
A pesquisa: A pesquisa “A Pandemia no Setor Automotivo: Trabalho e Sentimento” foi respondida por 754 profissionais de todas as áreas do setor, sendo 41% de funcionários de empresas de autopeças e 21% de montadoras. Foram ouvidas também 76 empresas por meio de questionário respondido pela área de Recursos Humanos. Parte das respostas de colaboradores e das empresas foram cruzadas a fim de obter uma visão mais ampla do setor durante a pandemia. A pesquisa abordou questões sobre rotina de trabalho, cuidado e acolhimento, qualidade de vida e perspectivas e oportunidades durante a pandemia.