Da Revista Technibus
Foto: Edypo Pinheiro Alaniz (Secco Comunicação)
As encarroçadoras de ônibus registraram em outubro a produção de 1.507 veículos, 4,93% a menos que em setembro (1.586 unidades). No acumulado de janeiro a outubro, a retração foi de 27,45%, com 13.592 veículos montados, ante os 18.735 veículos fabricados no mesmo período de 2019, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus).
Do total de ônibus produzidos até outubro, a maior quantidade foi de modelos urbanos, com 7.202 unidades, que representaram 52,99% do total e uma queda de 32,5% sobre as 10.670 carrocerias feitas nos dez meses de 2019.
Os micro-ônibus somaram 2.857 unidades, 21,02% do total e redução de 13,82% sobre a quantidade fabricada nos dez meses de 2019 (3.316 unidades). De modelos rodoviários, foram montados 2.634 veículos, que representaram, 19,38% do total e redução de 34% sobre os 3.992 veículos fabricados de janeiro a outubro de 2019. De modelos intermunicipais foram 899 unidades, 18,8% a menos que em 2019 (757 unidades) e uma representatividade de 6,61% em todo o setor, segundo a Fabus.
A Marcopolo manteve sua liderança no ranking das encarroçadoras, com 5.793 ônibus produzidos de janeiro a outubro – 3.109 unidades na fábrica de Caxias do Sul (RS) e 2.684 unidades na fábrica de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro (a Marcopolo Rio). Este número representou uma retração de 21,65% na comparação aos dez meses de 2019, quando foram montados 7.395 ônibus.
A Caio Induscar, segunda colocada no mercado, produziu 3.001 ônibus de janeiro a outubro, mantendo a maior queda do setor (54,28%), quando comparado aos 6.566 veículos fabricados no mesmo período de 2019. A Mascarello, terceira no ranking, fez 1.708 carrocerias, 3,1% a mais que nos dez meses de 2019, quando fabricou 1.657 veículos.
Na sequência, estão posicionadas a Neobus, que montou 1.330 ônibus até outubro, 17,54% a menos que janeiro a outubro de 2019 (1.614); a Comil, que fabricou 1.045 veículos, 2,9% a mais que nos dez meses de 2019 (1.016); a Carbuss, que produziu 399 ônibus rodoviários da marca Busscar; e a Irizar que concluiu a montagem de 316 carrocerias, 35% abaixo dos dez meses de 2019 (487 unidades).
Exportação: As exportações continuam com fraco desempenho e acumulam, de janeiro a outubro, o embarque de 2.398 veículos, com uma queda de 33,3% na comparação com o mesmo período de 2019, quando foram comercializados 3.597 ônibus no exterior.
A Marcopolo exportou 1.282 ônibus de janeiro a outubro de 2020, o que representa uma redução de 28,5% em comparação com o mesmo período de 2019, quando vendeu no exterior 1.794 veículos. A Caio Induscar embarcou 606 ônibus, 6,4% a menos que nos dez meses de 2019 (648 unidades).
A Irizar reduziu o seu embarque em 34,8% até outubro, de 466 para 303 unidades, e a Comil em 41%, de 236 para 139 unidades.
A Mascarello comercializou no mercado externo 43 ônibus, de janeiro a outubro de 2020, com queda de 88,2% sobre o mesmo período de 2019, quando suas vendas externas atingiram 370 unidades. A Carbuss exportou 25 ônibus rodoviários da marca Busscar nos dez meses de 2020, com o embarque de um veículo em março, dois em abril e 22 em outubro.
A Neobus, que nos dez meses de 2019 exportou 83 ônibus, não realizou vendas externas este ano. Segundo a empresa, depois de ser incorporada pela Marcopolo, a marca manteve o seu foco na produção de modelos urbanos leves e escolares e parou de produzir ônibus rodoviários, que eram os modelos mais exportados.
A empresa informa ainda que, em 2020, passou a concentrar o seu foco em licitações e em modelos urbanos para o mercado brasileiro e as exportações ficaram com as marcas Marcopolo e Volare.