Do Estado de Minas
Foto: Reprodução de TV
Pela terceira vez, essa semana, um ônibus é incendiado em Belo Horizonte. Dessa vez, no fim da noite desse sábado (12), no Bairro Jardim Felicidade.
Nos dois primeiros casos, na quarta-feira (9) e sexta-feira (11), os criminosos deixaram bilhetes com ameaças, caso não sejam restabelecidas as visitas aos presos na Penitenciária Nélson Hungria. Nesse último caso, embora não tenha sido encontrado nenhum recado, a polícia trabalha com a hipótese de o crime estar relacionado ao mesmo propósito.
O ônibus da linha 705 foi incendiado na Rua Josefina Guimarães Vieira, 2505, por volta de 23h. Segundo o motorista, os autores são três homens, que invadiram o coletivo, anunciando que se tratava de um assalto, e depois de roubar celulares e dinheiro, mandaram que todos os passageiros descessem.
Em seguida, atearam fogo no ônibus e fugiram, mas segundo uma testemunha, um dos ladrões fez menção ao fato de as visitas estarem proibidas na Penitenciária Nélson Hungria.
O Corpo de Bombeiros foi chamado ao local. As chamas ameaçaram uma residência, cujos moradores pediram socorro. Para apagar as o incêndio, que destruiu o veículo, foram gastos 45 mil litros de água.
No primeiro incêndio, na última quarta-feira, de um coletivo que liga a Estação São Gabriel ao Bairro São Tomás, da linha 5502, foi deixado um bilhete alertando que iriam espalhar o terror por conta da proibição de visitas à Nélson Hungria.
Na sexta-feira, no Bairro Gabriel ao Jardim Vitória II, outro bilhete, esse, mais grave, pois os criminosos ameaçaram começar a matar agentes penitenciários.
A Polícia trabalha com a hipótese de que as ordens para os incêndios partiram, todas, de dentro da Penitenciária Nélson Hungria. Por isso, uma investigação foi iniciada pela Polícia Penal, já na sexta-feira. O objetivo é identificar os mandantes, o mais rápido possível.