Do Diário do Transporte
Foto: Divulgação/ANTT
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) intensificou as ações de fiscalização em meio à pandemia da COVID-19. Em julho a operação ficou concentrada em São Paulo, e nesta semana será realizada no estado de Minas Gerais, com ações no Triângulo Mineiro e na Região Central da capital Belo Horizonte.
No Brasil, desde o início da pandemia, o balanço da Operação Pascal, que resume a atuação da Agência, calcula até aqui 565 veículos apreendidos flagrados executando transporte interestadual clandestino de risco, com 16.950 passageiros impactados. Nesse período foram realizados 1.318 autos de infração lavrados com irregularidades de transporte.
Segundo a ANTT, nestes números estão incluídos resultados de vários lugares do país, dentre os quais o estado do Rio de Janeiro, onde foram feitas 26 apreensões, lavrados 204 autos de infração, o que impactou 780 pessoas diretamente.
A Agência cita ainda São Paulo, com 74 apreensões e 49 autos de infração, com 2.220 pessoas diretamente impactadas.
Em Minas Gerais, já foram realizadas 35 apreensões, 49 autos de infração e 1.050 pessoas diretamente impactadas.
Já no Distrito Federal, 50 apreensões, 154 autos e 1.500 pessoas diretamente impactadas
Dados da ABRATI estimam crescimento de 30% de transporte não autorizado durante a pandemia.
Enquanto isso, o transporte regular, já na segunda quinzena de março, início do isolamento social com medidas de suspensão das viagens em várias cidades, perdeu cerca de 70% de passageiros embarcados, o que representa em números 3 milhões de passageiros/mês.
Com o endurecimento das medidas em algumas regiões, o setor chegou a amargar 95% de queda de receita.
INVESTIMENTO EM BIOSEGURANÇA
Letícia Pineschi, Conselheira da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (ABRATI), destaca que o maior desafio das empresas de ônibus que atuam no transporte regular neste momento de pandemia é superar as dificuldades financeiras visando a retomada gradual da operação. Para tanto, será necessário adequar os protocolos de biossegurança, para passar confiança aos clientes do setor.
A segurança sanitária tem sido uma prioridade para as empresas associadas à ABRATI, que têm investido em pesquisa e desenvolvimento, criando protocolos com uso de produtos homologados pela Anvisa e normatizados pela ANTT.
Como mostrou o Diário do Transporte, uma série de ações têm sido realizadas por empresas de ônibus e fabricantes, alcançando desde tecidos antivirais, até a higienização dos veículos com um equipamento que exerce vaporização com eficiência de 99,76%.
As ações de encarroçadoras em parceria com as empresas também têm sido destaque, como Marcopolo, Caio, Busscar e Irizar.