Por Automotive Business
Foto: Felipe Pessoa (OCD Holding)
No setor automotivo, o mercado de ônibus foi o mais afetado pela crise gerada pela pandemia, mas já vê uma curva de recuperação, ainda que muito gradativa. As vendas do segmento praticamente paralisaram entre abril e maio, mas voltaram a tomar fôlego a partir de junho, o que pode indicar que o pior já passou.
A análise é do diretor de vendas e marketing para ônibus da Mercedes, Walter Barbosa. Ele conta que em abril a empresa faturou algo em torno de 10% do total que estava vendendo antes da pandemia. Em maio, esse fluxo dos negócios melhorou um pouco e em junho chegou a 50%.
Atualmente, a empresa vende algo entre 30% e 50% do total que estava faturando antes da crise.
“A expectativa é de que até o fim deste ano chegue a algo entre 75% a 80% do que estávamos faturando e para 2021 esperamos voltar com níveis muito próximos de 80% a 100% do que estávamos vendendo”, afirma Walter Barbosa.
Em sua projeção para o ano, a montadora faz uso da mesma previsão divulgada pela Anfavea, presidida por um executivo da marca. A fabricante reforça que em 2020 as vendas totais de ônibus no Brasil podem atingir as 10 mil unidades, o que representaria uma queda de 52% sobre os 20,9 mil vendidos em 2019.
“ Pode ser uma variação um pouco maior, de 11 mil, mas vai depender mais do segmento de ônibus escolar, do quanto vai ser emplacado para o Caminho da Escola”, explica o diretor de vendas de ônibus da Mercedes.
Segundo o executivo, os escolares serão responsáveis pela maior demanda do mercado de ônibus no segundo semestre, isso porque há uma expectativa de que pelo menos 3 mil unidades sejam emplacadas só neste ano. Ainda assim, apesar da expectativa positiva, o setor vai depender da capacidade do governo em efetuar a compra desses veículos até o fim de 2020.